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Confiança e até ovada: Henrique ganhou Felipão no Palmeiras
Dedicação, versatilidade e, principalmente, muita lealdade. Foi assim, enquanto jogador do Palmeiras, que Henrique conquistou a confiança de Luiz Felipe Scolari. Confiar, mostra a história de Felipão, é algo indispensável. Daí parte da escolha pelo jogador que hoje defende o Napoli para servir a Seleção Brasileira na Copa do Mundo.
Entre 2011 e 2012, Henrique e Felipão trabalharam juntos no Palmeiras que venceu a Copa do Brasil. Naquela final contra o Coritiba, o zagueiro mostrou duas de suas virtudes que encantavam o treinador. A dedicação, ao participar do jogo mesmo com mais de 40 graus de febre. E a versatilidade, ao topar a função de volante proposta pelo chefe.
Em uma passagem marcada por diversas turbulências em seu retorno ao Palmeiras, Felipão encontrou em Henrique um homem de confiança. Pessoas próximas ao treinador lembram que o zagueiro jogou no sacrifício em muitos momentos. Quando a equipe estava em crise, era alguém sempre disposto para entrevistas em defesa do trabalho, característica também admirada por Scolari.
Foi graças ao aval de Felipão que o Palmeiras realizou, na gestão do ex-presidente Arnaldo Tirone, um de seus maiores investimentos. Henrique foi contratado em definitivo junto ao Barcelona depois de sequer atuar com a camisa azul-grená. Na Europa, havia passado pelo Bayer Leverkusen, com certo destaque, e pelo Racing Santander, de forma bastante apagada.
Negociado pelo Palmeiras com o Napoli após desentendimento com o atual presidente Paulo Nobre, Henrique chegará à Copa do Mundo com ótimo ritmo de jogo e enfim afirmado na Europa. Das últimas dez partidas do clube italiano, ele foi titular em nove e recebeu elogios por seu desempenho na lateral direita com direito a gol marcado contra o Catania.
Nesta quarta-feira, Felipão admitiu que Henrique foi sua última escolha entre os 23 jogadores e motivo de discussão entre os integrantes da comissão técnica. Dedé, Marquinhos, Miranda e Réver eram outros nomes ventilados para o miolo da zaga, mas provavelmente prevaleceu a relação de confiança entre o treinador e o jogador dos tempos de Palmeiras.
Com Mano Menezes, Henrique estreou na Seleção Brasileira, mas teve poucas oportunidades - foram três convocações em dois anos e meio de trabalho. Já em seu retorno, Felipão deu espaço ao jogador principalmente após a Copa das Confederações. Henrique foi chamado para amistoso contra o Chile (não era data Fifa) e retornou nas listas de setembro (Austrália e Portugal) e outubro (Coreia do Sul e Zâmbia). Estará na Copa do Mundo em junho.
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