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Arquibancadas têm luto corintiano e PM na festa palmeirense

19 abr 2015 - 21h08
(atualizado às 21h18)
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Torcida corintiana mais uma vez lotou estádio em Itaquera
Torcida corintiana mais uma vez lotou estádio em Itaquera
Foto: Luis Moura / Gazeta Press

Luto de um lado, festa do outro. Poucas vezes o clichê usado no duelo das torcidas teve tanto sentido quanto no clássico Corinthians x Palmeiras deste domingo. Enquanto o lado alviverde explodiu de alegria após o pênalti de Petros defendido por Fernando Prass, apesar da interferência da PM, os alvinegros se calaram nos minutos iniciais da partida em luto pelos oito torcedores da organizada Pavilhão mortos na noite do último sábado.

As organizadas corintianas ficaram em silêncio nos minutos iniciais do confronto. Todos que estavam no setor reservado para os uniformizados alvinegros se sentaram ao início do Hino Nacional. Com dez minutos de jogo, a Gaviões da Fiel, principal organizada do clube, gritou o nome da Pavilhão 9 e apenas neste momento o setor norte da Arena Corinthians começou a fazer barulho.

Uma chacina na quadra da Pavilhão 9 na Vila dos Remédios tomou a vida de oito membros da organizada. De acordo com a polícia, três pessoas armadas subjugaram os torcedores que estavam na quadra depois de uma festa, os colocaram no chão e os executaram. O crime não teria relação com nenhuma organizada do Palmeiras.

Neste domingo, a Pavilhão 9 esteve nas arquibancadas com uma faixa negra de luto. Além disso, as bandeiras do grupo ficaram viradas do avesso durante todo o jogo. A PM não organizou nenhum esquema de segurança diferenciado por causa do incidente.

Torcida do Palmeiras foi controlada pela PM com truculência em alguns momentos
Torcida do Palmeiras foi controlada pela PM com truculência em alguns momentos
Foto: Alan Morici / FramePhoto

Já os quase 2 mil palmeirenses na Arena só tiveram o que comemorar. O lado alviverde aproveitou o luto rival para fazer barulho antes do apito inicial. Bexigas brancas e um mural com o número 93, alusão ao título paulista, conquistado diante do rival, que tirou o Palmeiras da fila de 17 anos. Assim que o luto se encerrou, pouco pode se ouvir o pequeno grupo. Mesmo após o gol de Victor Ramos, o canto palmeirense foi abafado pelo apoio alvinegro. O mesmo ocorreu após o gol de empate de Rafael Marques.

Tudo mudou durante as cobranças de pênalti. Assim que Fernando Prass defendeu o pênalti de Elias, os gritos de apoio ao goleiro puderam ser ouvidos durante todas as batidas alternadas. Após Petros desperdiçar a cobrança, explosão do lado alviverde.

Mas quase que a festa teve um final triste. Todo o elenco palmeirense foi perto do setor visitante para comemorar com os torcedores - Valdivia chegou a escalar uma barreira para ser abraçado. Isso fez com o grupo de torcedores descesse até as primeiras fileiras da arquibancada, isoladas pela Polícia Militar. A PM usou de violência para controlar a multidão.

Do outro lado, nem mesmo a eliminação desanimou a torcida corintiana. Ao fim do jogo alguns setores tentaram gritar cantos de apoio para abafar o lado palmeirense, e no final todo o estádio aplaudiu o elenco do técnico Tite, já esperando o confronto decisivo com o São Paulo na próxima quarta-feira.

Fonte: EFuroni Conteúdo Editorial
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