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De títulos a tabu: veja 10 glórias do Palmeiras no Palestra

19 nov 2014 - 08h23
(atualizado em 6/8/2015 às 07h10)
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A Sociedade Esportiva Palmeiras está de volta à sua casa. Aquela... Na qual um filho se sente querido, confortável, mais amado do que em qualquer outro lugar do mundo. Lá, onde o maior campeão nacional do Brasil manda seus jogos desde 1920 - apesar de a inauguração oficial do local ter ocorrido em 1902. Lá, onde o time alviverde disputou 1572 partidas. Lá, onde a equipe de Oberdan Cattani, Marcos, Ademir da Guia, Evair, Edmundo e Cia. ganhou 1064 jogos e anotou 3700 gols. Lá, onde aproximadamente 39 mil torcedores testemunharão, às 22h (de Brasília) desta quarta, diante do Sport, o reencontro do Palmeiras com o Palestra Itália.

Sim, o velho e incomparável Palestra Itália. Que estará remodelado, vestido com roupa bonita, repleto de luxo. Sem arquibancadas, tudo bem, mas com confortáveis cadeiras verdes. Sem as tradicionais piscinas, está certo, mas com ainda mais espaço para abrigar os fanáticos fãs. O seu novo nome? Allianz Parque. Que já caiu no gosto do público. Mas que nunca deixará de ser, no âmago de cada palmeirense, o eterno Palestra Itália, palco de muitas e muitas glórias para o time que, hoje, tenta não se desequilibrar com seu enorme peso e ser rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro pela terceira vez na história.

Mas deixemos isto de lado. Para esquentar o coração antes do reencontro com o estádio mais alviverde do planeta, relembre, abaixo, as maiores glórias do Palmeiras em seus 90 anos de eterno amor com o Palestra Itália.

Primeiro ano, primeira goleada, primeiro título

O Palestra Itália começou a mandar os seus jogos no Estádio do Parque Antarctica em 1917, mas só passou a chamá-lo de casa três anos depois. Sim, foi em 1920 que o clube paulista adquiriu, por cerca de 500 contos de réis (algo em torno de R$ 600 mil), o terreno do campo localizado em Perdizes. Logo no primeiro ano em sua nova casa, então, já teve sorte e conquistou o primeiro grande título de sua história: o Campeonato Paulista de 1920. A caminhada rumo à taça, que foi conquistada sobre o forte Paulistano do craque Friedenreich em final disputada na Chácara da Floresta, teve como ponto alto um espetacular 11 a 0 aplicado pelo Palestra Itália sobre o Internacional-SP dentro do seu (então) novo estádio.

Conquista invicta coroada com um 7 a 1 em casa

O Palestra Itália demorou seis anos para faturar o seu segundo título estadual. Porém, ele veio ao melhor estilo possível. Com uma campanha irretocável, o time alviverde venceu os nove jogos que disputou na competição paulista e foi campeão invicto de maneira impressionante. Rivais poderosos como Corinthians (3 a 0), Santos (3 a 2), Portuguesa (3 a 1) e Sírio (5 a 1) foram deixados pelo caminho no torneio, que foi de fato conquistado pelo Palestra Itália com uma impressionante goleada por 7 a 1 sobre o Sílex no dia 5 de setembro. O palco desta histórica partida? Não poderia ser outro: o Estádio do Parque Antarctica.

(Foto:Acervo/Gazeta Press)

Rompendo barreiras e humilhando o Corinthians

O primeiro grande título do Palestra Itália fora de âmbito estadual foi conquistado apenas em 1933, quase 20 anos após a fundação do clube. Contudo, o primeiro dos cinco Torneios Rio-São Paulo faturados pelo Palmeiras em sua história não poderia ter sido mais emblemático. Diante dos principais times do eixo regional, a equipe alviverde triunfou em 17 das 22 partidas da competição e ergueu a taça após vencer o Fluminense por 2 a 1 no Parque Antarctica. O jogo mais lembrado daquela campanha ocorreu contra o Corinthians, também no estádio palmeirense: no dia 5 de novembro, o Palestra Itália sapecou um impiedoso 8 a 0 nos alvinegros e decretou a mais estrondosa goleada alviverde diante de seu histórico arquirrival em todos os tempos.

Frustrando (e sendo campeão sobre) o maior rival

Em 1936, a final do Campeonato Paulista foi definida da seguinte forma: o melhor time do primeiro turno enfrentaria o mais bem posicionado do returno. A metade inicial da competição foi completamente dominada pelo Corinthians, que garantiu o seu lugar na decisão de maneira invicta. Já no segundo trecho do torneio, quem levou a melhor foi o Palestra Itália, que, assim, se credenciou para enfrentar o seu maior rival na busca pelo sétimo título estadual de sua história. Após duas partidas, a derradeira foi realizada no Parque Antarctica, e, com gols de Luizinho e Moacir, os mandantes foram campeões com um 2 a 1 sobre o então favorito Corinthians.

Recorde, título, glória de Ademir e último respiro antes do jejum

Disputado no dia 18 de agosto de 1976, o duelo entre Palmeiras e XV de Piracicaba foi um dos mais importantes da história do Estádio Palestra Itália. Primeiro, porque o jogo, que simbolizou a final do Campeonato Paulista daquele ano, foi assistido por 40.283 pagantes – maior número da história do local. Depois, porque o time da casa triunfou por 1 a 0 e foi campeão estadual - este seria o último título da lenda Ademir da Guia no clube alviverde e também a última taça conquistada pelo Palmeiras antes do histórico e maior jejum da sua história: 17 anos se passaram até que o Paulista de 1993 fosse faturado.

(Foto: Acervo/Gazeta Press)

Uma noite de gala para os livros de história

A definição dos grupos da Copa Libertadores da América de 1994 não foi nada generosa para o Palmeiras. Simplesmente Cruzeiro, Vélez Sarsfield e Boca Juniors fizeram companhia à equipe alviverde na primeira fase do torneio continental. Porém, uma noite de gala em 9 de março, no Palestra Itália, serviu para o time paulista fazer história, pontos e saldo suficiente para avançar às oitavas de final: diante do poderoso (e futuro carrasco) Boca, teve atuação espetacular e marcou 6 a 1 -  a maior derrota do time argentino em competições internacionais até hoje. Vanderlei Luxemburgo costuma dizer que esta foi a melhor atuação de um time seu em todos os tempos.

(Foto: Acervo/Gazeta Press)

O último ato de um time de mais de 100 gols

É possível balançar as redes 100 vezes em 30 partidas? O Palmeiras do início de 1996 provou que sim. Avassalador, o time alviverde fez simplesmente 102 gols no Campeonato Paulista daquele ano e conquistou 83 de 90 pontos possíveis na competição (índice de 92,2%). Depois de faturar o primeiro turno e se garantir na decisão do torneio, a equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo enfrentou o Santos na penúltima rodada do returno e, se perdesse, poderia desperdiçar a chance de conquistar o título antecipadamente. Porém, diante de um Palestra Itália cheio, o Palmeiras não deu chances ao rival alvinegro, venceu por 2 a 0 com gols de Luizão e Cléber e ergueu, dentro de casa, a taça que condecorou uma das campanhas mais espetaculares da história do futebol paulista.

(Foto: Acervo/Gazeta Press)

Enfim, um título internacional no Palestra

O Palmeiras só conseguiu comemorar uma conquista que não fosse nacional dentro de sua casa em 1998. Com a base do time que dominaria a América no ano seguinte, estreou a tradicional Copa Mercosul faturando a taça. Após superar rivais tradicionalíssimos como Nacional-URU, Independiente-ARG e Universidad de Chile na primeira fase e eliminar os não menos importantes Boca Juniors (quartas de final) e Olímpia (semifinal) no Palestra Itália, a equipe alviverde se credenciou para enfrentar o forte Cruzeiro na grande decisão. O primeiro jogo foi vencido pelos mineiros por 2 a 1 em Belo Horizonte. O segundo teve triunfo paulista por 3 a 1 em São Paulo. Assim, de acordo com o regulamento, deveria haver um terceiro duelo para definir quem ficaria com o título. Ele foi realizado no Palestra Itália, e, após gol de Arce, o Palmeiras celebrou o triunfo por 1 a 0 como se não houvesse amanhã.

(Foto: AFP)

A maior glória em casa

Há divergências entre os próprios palmeirenses sobre qual é o maior título da história do centenário clube alviverde. Muitos acham que foi o da Copa Rio de 1951, vencido no Maracanã sobre a Juventus da Itália. Outros afirmam que foi o da Copa Libertadores da América de 1999, faturado após vitória nos pênaltis sobre o Deportivo Cali. O que não se pode contestar, porém, é que esta conquista continental é a maior glória já alcançada pelo Palmeiras dentro do lendário Palestra Itália. Diante de um estádio abarrotado por mais de 32 mil pessoas, a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari se recuperou da derrota por 1 a 0 para os colombianos no jogo de ida, triunfou por 2 a 1 e depois se sagrou campeã com vitória por 4 a 3 nas penalidades máximas. Foi a coroação de uma campanha que também contou com glórias sobre Vasco (oitavas de final), Corinthians (quartas de final) e River Plate (semifinal).

(Foto: Acervo/Gazeta Press)

Último título dentro de seus domínios

O Palmeiras chegou ao ano de 2008 com um bom time, mas pressionado por não conquistar um título de elite desde 2000 (quando vencera a extinta Copa dos Campeões). No Campeonato Paulista daquela temporada, porém, arrancou após uma emocionante vitória por 1 a 0 sobre a Portuguesa no Palestra Itália e se classificou para as semifinais com a segunda melhor campanha da primeira fase. Na partida de volta da semifinal, eliminou o rival São Paulo também dentro de casa por 2 a 0 – em jogo com apagão e gás de pimenta no vestiário do adversário – e, quando a Ponte Preta bateu o Guaratinguetá na outra perna, teve a oportunidade de decidir o título dentro de seu estádio. Na última final disputada até aqui no Palestra Itália, não teve para ninguém: com show de Valdivia e Alex Mineiro, o Palmeiras fez 5 a 0 nos campineiros e celebrou a última taça já erguida no estádio que será reinaugurado nesta quarta-feira.

(Foto: Gazeta Press)

Luiz Felipe Scolari
Luiz Felipe Scolari
Foto: Gazeta Press
Fonte: Terra
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