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Em congresso, Nobre cita lição de casa e remédio amargo após “inferno”

9 out 2015 - 21h42
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Em tempos de 7 a 1, muito se fala sobre o déficit teórico no futebol brasileiro. Na noite desta sexta-feira, o Palmeiras assumiu a dianteira no debate nacional ao promover o 1º Congresso de Ciências do Futebol. Chamado ao palco, Paulo Nobre discursou para os 252 inscritos presentes no auditório da Faculdade das Américas, em São Paulo. Para o presidente alviverde, as dificuldades vividas em seu primeiro mandato (2013-2014) deram ao clube a força necessária para se reerguer dentro e fora dos gramados.

“Eu falo que o futebol é uma ilha no mundo dos normais, porque tem uma filosofia própria, um tribunal próprio, e você vai do céu ao inferno do dia para a noite. Mas te possibilita também, em um curto prazo, sair desse inferno”, iniciou o mandatário palmeirense. “Foram muito difíceis os meus dois primeiros anos de gestão no Palmeiras, 2013 e 2014. Não tinha muita coisa a ser feita diante da total impossibilidade financeira e administrativa, uma vez que o clube estava em uma situação muito ruim”, prosseguiu.

Iniciado pontualmente às 19h15, o evento teve pouco mais de três horas de duração em seu primeiro dia – o ciclo de palestras ocorrerá até este domingo, dia 11 – e contou com a presença de personalidades do esporte. Dentre os convidados, estavam Ricardo Drubscky, ex-técnico do Fluminense e atual comandante do Grêmio Osasco Audax, Altamiro Albernaz Bottino, coordenador científico palmeirense, Elliot Paes, coordenador de preparação física nas divisões de base da Seleção Brasileira, e o neurocientista Miguel Nicolelis. Curiosamente, o preparador físico José Mário Campeiz, funcionário do rival São Paulo, marcou presença e prestigiou o congresso.

“Tudo isso que a gente está vivendo agora em 2015 é fruto de toda a lição de casa de 2013 e 2014. Nós estamos atravessando um momento no Brasil onde se cobra muito essa lição de casa do Governo Federal, mas não é um remédio doce. Fazer a lição de casa remete a colocar muita coisa no lugar, e acaba não agradando muita gente porque é um remédio amargo e necessário”, explicou Nobre.

O presidente explicou que, uma vez evitado o rebaixamento na temporada passada, a diretoria optou por renovar as ideias do próprio departamento de futebol. Citando apenas o elenco de atletas, 25 contratações foram feitas em 2015. “Esse ano, o Palmeiras se viu em uma situação onde pôde começar a fazer alguns primeiros investimentos. A primeira coisa que a gente fez nessa segunda gestão foi investir em profissionais para dar o retorno que o Palmeiras precisava. Por mais tecnologia que a gente tenha, se você não tiver pessoas que tenham a sensibilidade de entender o ser humano... A gente precisava ter profissionais qualificados”, reiterou.

“Hoje, o futebol é muito, muito nivelado, não existe mais time bobo. É claro que existem jogadores melhores e piores, mas o futebol está muito muito nivelado de uma maneira propriamente dita. Quando você investe em ciência e tecnologia no futebol, isso possibilita que você tenha um degrauzinho acima dos demais. Ciência do futebol é isso, é garantir que o jogador não se machuque”, comentou. “Gostaria que fosse o primeiro de muitos. Gostaria que fosse mais uma tradição que o Palmeiras possa iniciar e colaborar com o futebol”, encerrou Paulo Nobre.

*especial para a Gazeta Esportiva

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