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Expulso, Oswaldo enfrenta até torcida para comandar time na decisão

27 abr 2015 - 08h11
(atualizado às 09h19)
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A primeira final de Oswaldo de Oliveira no Palmeiras serviu para estabelecer uma novidade no remodelado Palestra Itália. Expulso no intervalo da primeira decisão do Campeonato Paulista, nesse domingo, o técnico enfrentou até torcedores que reclamaram de sua presença no setor mais caro do estádio para comandar a equipe.

A busca do treinador por um espaço próximo aos reservas levou quase 20 minutos. A estratégia inicial era que Oswaldo, cercado por seguranças do clube, ficasse de pé, em frente a quem estava sentado na cadeira central oeste, logo acima do banco palmeirense. A tentativa não vingou porque torcedores quiseram se aproximar e tirar fotos do técnico, que se irritou por querer se concentrar no jogo.

A segunda alternativa foi se posicionar em uma das escadas de acesso ao campo, separando o técnico dos torcedores também com uma pequena porta, além dos seguranças. No trajeto para lá, Oswaldo ouviu palmeirenses gritaram seu nome, mas logo depois a maioria reclamou que a presença dele e de outros profissionais do clube atrapalhava a visão da partida. Oswaldo e seus seguranças, então, partiram para uma terceira e definitiva tentativa de continuar perto dos jogadores. Posicionaram-se próximos a uma das saídas da torcida, sem atrapalhar ninguém, e ainda dando ao técnico a possibilidade de falar com quem fosse entrar. Kelvin, por exemplo, foi à grade que separa a torcida do campo para ouvir as instruções do chefe.

"Algumas coisas que eu precisava passar para o time, tinha que usar duas ou três pessoas. Isso às vezes atrasa um pouquinho. Mas, de qualquer maneira, deu para fazer o trabalho normalmente", comentou Oswaldo, que usou, principalmente, os auxiliares Alberto Valentim e Fernando Miranda para passar as instruções a Luiz Alberto, que ficou responsável por permanecer na área técnica.

"Claro que isso dificulta muito. Não gosto e procuro me comportar sempre no banco por causa disso. Interfere, atrapalha o trabalho", apontou, sem medo de ser punido por falar com os jogadores mesmo sendo expulso. "Isso é recorrente. Não me foi passada nenhuma proibição. Estou tranquilo, não fiz nada demais ali", afirmou, argumentando contra a exclusão, justificada pelo árbitro Vinicius Furlan pela sua invasão no campo ao fim do primeiro tempo.

"Fui expulso porque entrei no campo quando acabou o primeiro tempo, mas entrei para tirar meus jogadores. O primeiro tempo estava encerrado, é claro que eu não iria lá se tivesse bola rolando. Meu erro foi que me dirigi ao árbitro. Aproveitei e disse a ele que não marcou uma falta semelhante à que marcou contra nós e não deu cartão. Simplesmente isso", contou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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