“Incógnita”, Palmeiras se reformula e gera empolgação após quase cair

30 jan 2015 - 00h20

O Palmeiras virou a sensação do futebol paulista em 2015 antes mesmo de a temporada começar. Após quase ser novamente rebaixado no último Campeonato Brasileiro, o clube presidido por Paulo Nobre afastou mais de 20 jogadores e trouxe o diretor de futebol Alexandre Mattos para iniciar uma grande reformulação no seu elenco. Houve até "chapéu" nos rivais Corinthians e São Paulo com a contratação do atacante Dudu, o que gera muita expectativa para o início do Campeonato Paulista.

O último reforço anunciado pelo Palmeiras foi o volante Arouca, que tentava deixar o Santos através da Justiça. Além dele e de Dudu, foram contratados o lateral direito Lucas (Botafogo), o lateral esquerdo João Paulo (Flamengo), os zagueiros Vitor Hugo (América-MG), Victor Ramos (Monterrey do México) e Jackson, (Goiás), os volantes Amaral (Goiás), Gabriel (Botafogo) e Andrei Girotto (América-MG), os meias Zé Roberto (Grêmio), Alan Patrick (Internacional), Robinho (Coritiba), Ryder (Fiorentina, da Itália) e os atacantes Leandro Pereira (Chapecoense), Rafael Marques (Henan Jianye, da China) e Kelvin (Porto, de Portugal).Um dos remanescentes do plantel que passou a ser dirigido por Oswaldo de Oliveira, o goleiro Fernando Prass sabe que o Campeonato Paulista servirá de provação para um Palmeiras com tantas novidades. "Somos uma incógnita. Temos que ver se o time vai se encaixar e como vai se encaixar. Mas a expectativa de resultados em campo é imediata. Vamos lutar pelo título paulista, não tem como pensar diferente, ainda mais pelo que está se criando", comentou.

Para começar bem o ano também dentro de campo, o Palmeiras precisará se destacar no grupo C do Estadual, o mesmo de Portuguesa, Marília, Linense e Botafogo-SP. O time que foi testado nos amistosos contra Red Bull (3 a 2) e Shandong Luneng, da China, (3 a 1) tem estreia marcada diante do Audax para as 17 horas (de Brasília) deste sábado. O jogo será no Palestra Itália, mas apenas porque o adversário abriu mão do mando de campo para lucrar com as bilheterias.

O estádio cheio será uma motivação a mais para o Palmeiras vencer pela primeira vez uma partida oficial na sua casa remodelada. "Querendo ou não, o que acontece fora do campo afeta direta e indiretamente o time. Tivemos muitos exemplos de situações conturbadas que influenciam no campo, e isso também acontece positivamente. O grupo sente uma expectativa muito grande da torcida", disse Prass.

No ano passado, quando festejou o seu centenário, o Palmeiras não foi além das semifinais no Campeonato Paulista, quando parou no campeão Ituano. Ali começavam os problemas que marcaram os trabalhos de Gilson Kleina, Ricardo Gareca e finalmente Dorival Júnior.Desta vez, no entanto, a empolgação é do tamanho da lista de reforços palmeirense. "Em time grande, você não entra em nenhum campeonato pensando em ficar em sexto ou sétimo lugar. Queremos ser campeões. Se teremos esse mérito, é o campeonato que vai ditar", concluiu Fernando Prass.