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Libertadores

Kleina continua com respaldo de Nobre, mas será cobrado em breve

5 fev 2013 - 05h04
(atualizado às 10h06)
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Gilson Kleina já não vive com a mesma tranquilidade de antes. Desde a derrota para o Penápolis, há nove dias, adota um discurso de que só a diretoria pode responder se ele deve sentir a pressão de perder o cargo. Publicamente, Paulo Nobre garante a permanência do técnico, mas com um aviso: à medida que reforços chegarem, a avaliação tende será mais dura.

"O Kleina fica. Tem o meu respeito e o meu respaldo. Mas será cobrado em cima do planejamento. Se não for bem, é natural ser trocado", falou o presidente, adotando um tom de voz que aparenta serenidade para não alarmar o treinador do Palmeiras, mas mostrando consciência do que está acompanhando.

Desde o momento em que confirmou sua candidatura, Nobre garantiu que não tiraria Kleina, e o técnico passou a atacar diretamente a gestão de Arnaldo Tirone em seus últimos dias. Nas primeiras conversas com ele, Nobre passou que buscaria acertar os salários atrasados e trazer reforços dentro de uma política de economia responsável, algo que o treinador aceitou.

Em campo, contudo, a resposta não tem sido boa. Nobre ainda não pode cobrar como quer, já que preferiu trazer José Carlos Brunoro como diretor executivo e contratar o preparador físico Omar Feitosa como gerente de futebol antes de anunciar qualquer reforço. Mas a oscilação da equipe já gera rumores de técnicos experientes dos quais o mandatário é fã declarado.

"Tenho uma admiração muito grande pelo Vanderlei Luxemburgo e sou amigo do Luiz Felipe Scolari, com uma admiração muito grande mesmo pelo trabalho dele. Fazendo uma previsão do futuro, já digo que o Brasil é hexa com Scolari na Seleção. Mas o fato de ter essa admiração não significa que vão trabalhar na minha gestão", assegurou Nobre.

Enquanto não faz a sua parte de acertar a parte financeira e reforçar o elenco, a fala de Nobre é de incentivo a Kleina, que vive sua primeira experiência em clube grande. "O fato de ser novo não significa que não pode ter sucesso. O Luxemburgo chegou ao Palmeiras em 1993 após passar por clubes menores e vingou. O Kleina pode dar certo também", apostou o dirigente.

O discurso de Paulo Nobre, entretanto, pode mudar tom, principalmente se Kleina não souber trabalhar com um grupo de jogadores numeroso como pediu. E o treinador, bem menos tranquilo e seguro do que antes, parece ter entendido isso.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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