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Kleina diz saber o que faz, mas não define time e já sofre pressão

15 mar 2013 - 11h04
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O presidente Paulo Nobre e o diretor executivo José Carlos Brunoro preferiram dar um elenco a Gilson Kleina antes de avaliá-lo. Dez jogadores foram contratados, mas o técnico, embora apoiado pelo fato de que metade deles só pode jogar o Paulista, ainda não encontrou um time ideal. Parte da torcida já começa a pedir sua demissão.

O treinador procura se mostrar tranquilo diante da pressão. "Entendo o torcedor, mas muita coisa boa está acontecendo. Espero que possam ver mais para frente que estamos no caminho certo", comentou, sem opinar claramente sobre a reivindicação por sua saída.

"Estou aqui para trabalhar, não para avaliar se mereço ficar ou não. Mas sei que o que estou fazendo no dia a dia, o trabalho é árduo. Não vamos achar que está tudo errado. Querendo ou não, o Palmeiras alcançou seu objetivo", comentou, falando especificamente da vitória sobre o Paulista na qual o time, mesmo com dois a mais durante quase todo o segundo tempo, precisou de grandes defesas de Fernando Prass para não perder pontos no Pacaembu.

Contratado em setembro ainda pelo presidente Arnaldo Tirone para evitar o rebaixamento no Brasileiro, Kleina falhou em sua missão e ainda foi eliminado logo nas oitavas de final da Copa Sul-americana. Seu vínculo acaba em dezembro deste ano e ele foi mantido por Nobre, principalmente, porque o dirigente assumiu o poder quando o Paulista já tinha começado.

Mas as impressões em relação ao técnico não têm sido boas. Kleina nunca tinha trabalhado em uma Libertadores e demonstrou temor do jogo contra o Tigre, na Argentina, antes mesmo de viajar. Suas imagens tanto naquele compromisso quanto na visita ao Libertad, no Paraguai, foram de alguém assustado. Em campo, o time foi derrotado nas duas vezes.

Em clássicos, ele ainda não venceu nenhum pelo Verdão, mas não se mostrou muito chateado pelos empates com Corinthians e São Paulo neste ano, embora estivesse vencendo o Derby e tenha atuado desde o início do segundo tempo com um a mais no Choque-Rei.Após as críticas pela sofrida vitória diante do Paulista, Kleina passou a se defender apontando para seus comandados. "Tivemos jogadores que tecnicamente foram muito abaixo do que vinham rendendo. Não fomos felizes. O nosso próprio grupo não gostou da nossa atuação depois das expulsões. Temos que tirar lição, e ainda bem que estamos fazendo com vitória", comentou.

Sobre a desorganização em campo, o argumento é de que os atletas ainda estão se conhecendo. O volante Léo Gago, por exemplo, estreou somente nessa quinta-feira, e o meia Rondinelly e o zagueiro André Luiz ainda nem atuaram.

"Não temos uma equipe ideal ainda. Quando se trabalha em uma grande equipe como o Palmeiras, o rendimento sempre tem que ser ótimo. Mas não vou vender ilusão. Estamos no caminho, mas é só o tempo para encaixarmos a equipe. Precisam entender que tem adversário", falou o técnico, que na véspera do jogo contra o Paulista comandou treino tático sem nenhum time adversário, só posicionando os titulares em campo.

Desculpas à parte, o Palmeiras só somou três dos nove pontos que disputou na Libertadores e, com três jogos restando para o final da fase de grupos, ocupa o terceiro lugar de sua chave, a cinco pontos do Libertad e a dois do Sporting Cristal, sendo que ambos têm uma partida a mais - o Verdão terá que ultrapassar um deles para se classificar. No Paulista, a equipe ocupa a sexta posição, dentro da faixa da tabela que dá vaga nas quartas de final, e ainda faltam oito rodadas.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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