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Leandro vira solução no ataque do Verdão e dá vitória com dois gols

20 mar 2013 - 21h31
(atualizado às 21h33)
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Gilson Kleina escalou quatro volantes no meio-campo para enfrentar o Botafogo de Ribeirão Preto no Pacaembu e, mais uma vez, o Palmeiras não agradou. Mas venceu porque achou uma solução. Em seu primeiro jogo como titular, Leandro marcou os dois gols da vitória por 2 a 0 que reforça o time na briga para ficar entre os quatro primeiros colocados do Campeonato Paulista.

O atacante emprestado pelo Grêmio foi realmente um achado em uma equipe que pouco criou e irritou parte dos 4.160 pagantes na noite desta quarta-feira. Aos cinco minutos, aproveitou-se de um frango do goleiro Rafael, ex-Corinthians, para abrir o placar. Aos três da etapa final, foi a vez de Leandro bater com qualidade para selar a vitória.

Os três pontos deixam o Verdão com 24, ultrapassando o Botafogo. No domingo, se vencer o Santos, em clássico marcado para as 16 horas (de Brasília) no Pacaembu, a equipe do Palestra Itália passa a ficar no G-4, posição cobiçada por Gilson Kleina. O clube de Ribeirão Preto tenta se manter na zona de classificação para as quartas de final recebendo o Linense, às 16 horas de sábado.

O jogo - Pressionado, Gilson Kleina escalou um time que lhe buscasse três pontos sem sustos defensivos, até pela manutenção de seu emprego. Por isso, não se intimidou em escalar quatro volantes no meio-campo (Márcio Araújo, Léo Gago, Charles e Wesley), trocar o suspenso Mauricio Ramos por Vilson e ainda apostar em Juninho e Leandro entre os titulares.

O treinador cobrou movimentação intensa de seus comandados para povoar o campo adversário, com a ajuda dos laterais Weldinho e Juninho, bastante ofensivos, e até de Henrique, que muitas vezes aparecia quase como um ponta esquerda para a equipe trocar passes e fixar território depois do meio-campo.

Mas faltava infiltração, já que Valdivia está machucado e Patrick Vieira e, principalmente, Tiago Real e Rondinelly, ambos com maior capacidade de lançamentos, ficaram no banco por opção de Kleina. O goleiro Rafael, porém, resolveu o problema. Aos cinco minutos, espalmou para dentro de seu gol um chute de Leandro, em frango que abriu o placar no Pacaembu.

Ciente da insegurança do arqueiro adversário, o Verdão ganhou confiança com o gol para se impor na frente, forçando o rival a deixar muitas vezes só Nunes após o meio-campo. O problema era que só Léo Gago tinha condições de forçar uma infiltração, e ele recuava até a defesa para organizar a saída de bola.

A troca de passes laterais de um lado a outro do campo se tornou inútil. Aos poucos, o Botafogo foi adiantando sua marcação e logo forçou o Palmeiras a optar pelas ligações diretas, prejudicadas por ineficiência tanto de quem fazia o passe da defesa quanto de quem deveria dominar na frente. Poucas chances apareceram, todas elas direto em Rafael, com exceção de uma furada de Kleber debaixo de gol.

Aos 32 minutos, o cenário piorou, já que Henrique caiu no chão com dores na coxa direita e foi convencido pelo médico a ser substituído por André Luiz. Segundos antes de o estreante zagueiro entrar, Kleber foi ao chão por um problema no joelho direito. E a referência no ataque passou a ser o garoto Caio.

Até o Palmeiras se reajeitar, a confiança do Botafogo aumentou tanto que os poucos torcedores do clube de Ribeirão Preto no Pacaembu passou a gritar "timinho" para os mandantes. Em campo, os visitantes provaram melhor condição naquele momento, já que só não empataram porque Nunes cabeceou para fora quando estava livre e debaixo do gol e Zé Antônio obrigou Prass a fazer grande defesa nos últimos minutos do primeiro tempo.

Na volta do intervalo, a equipe interiorana precisou de menos de 30 segundos para chutar a gol. Mas os comandados de Gilson Kleina tiveram 15 minutos para conversar nos vestiários e redescobrirem suas posições em campo. Rapidamente, impuseram seu jogo para pressionar como no início do primeiro tempo.

A postura resultou em um chute de Charles da entrada da área em que Rafael fez grande defesa para jogar para escanteio. Na sequência da cobrança, a bola sobrou para Leandro abrir espaço na grande área e bater com precisão, desta vez sem precisar de nenhuma falha do goleiro para balançar as redes, aos três minutos.

O atacante emprestado pelo Grêmio mostrou que pode ser a solução como alguém de sua posição. O time pode até não criar muitas oportunidades, mas consegue ser eficiente nas poucas que aparecem. E dar a tranquilidade que a equipe precisa para o restante da partida.

Foi exatamente isso que aconteceu durante os mais de 40 minutos que se passaram após seu gol. O Palmeiras, como de costume, diminuiu seu ritmo sem criar tanto após os 20 minutos. E o Botafogo passou a pressionar, fazendo alterações ofensivas, mas sem nenhum atleta capaz de balançar as redes como Leandro. Por isso, a torcida palmeirense até reclamou da atuação, mas os três pontos vieram.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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