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Mattos no Palmeiras reforça glamour exagerado de diretores

8 jan 2015 - 07h47
(atualizado às 07h50)
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A sala de imprensa na Academia do Palmeiras estava lotada de jornalistas. Mais de dez câmeras foram preparadas para transmissões. O presidente do clube, Paulo Nobre, entrou no local com duas camisetas na mão, ambas personalizadas. Parecia a apresentação de um grande reforço, um nome de peso, uma contratação milionária. Mas aquelas camisetas não tinham os nomes de jogadores de futebol. Nelas estavam os nomes de Cícero Souza (gerente de futebol) e Alexandre Mattos (diretor), os novos cartolas palmeirenses. E na prática eles foram tratados como reforços, tanto que Nobre repetiu o mesmo ritual que faz com todos atletas recém-contratados: pediu para que eles honrassem a camisa e entregou um livro do centenário alviverde. Depois o presidente saiu da sala de imprensa e deixou Mattos, o astro principal desta quarta-feira, brilhar sozinho.

Com status de estrela, diretor quer fazer Palmeiras sorrir:

Toda cena descrita acima não é exatamente uma novidade, mas consolida algo que já aconteceu em outros clubes: diretores estão se tornando verdadeiros astros do futebol brasileiro. No Flamengo, por exemplo, Rodrigo Caetano e Felipe Ximenes posaram para fotos com camisas e depois foram apresentados na sala de imprensa do clube. Caetano tem gerado esse burburinho por onde passa, como aconteceu no Vasco e no Fluminense.

Rodrigo Caetano é apresentado como astro por onde passa
Rodrigo Caetano é apresentado como astro por onde passa
Foto: Flamengo / Divulgação

Rodrigo Caetano é apresentado como astro por onde passa. Foto: Flamengo/Divulgação

Mattos realmente tem um bom currículo: chegou ao Cruzeiro em 2012, depois que o time quase caiu para a Série B, mas conseguiu ser bicampeão brasileiro em 2013 e 2014. A torcida reconheceu sua participação nesse sucesso e até gritou seu nome na comemoração do ano passado, pedindo para ele ficar no clube. Mas o próprio Mattos reconhece que esse status de "fenômeno" é exagerado.

"Fenômenos são os atletas, o treinador e o presidente. O que eu faço é trabalhar com muito amor e determinação. Amo o que faço, adoro conviver com o que envolve a gestão do futebol, a torcida, a imprensa... E quando você faz isso com muito amor, trabalho e disciplina, a consequência é conquistar algumas coisas. E não estou falando de títulos, mas de respeito das pessoas. Você prescisa ser leal, honesto, e a consequência foi aquilo tudo lá (no Cruzeiro)", afirmou ele, que repetiu diversas vezes a palavra "trabalho" para destacar que não chega ao Palmeiras apenas por causa da fama conquistada no time mineiro.

Questionado se faria do Palmeiras um time tão vencedor quanto foi o Cruzeiro, Mattos novamente mostrou humildade. "Eu não fiz nada sozinho no Cruzeiro. Aqui no Palmeiras vai ser a mesma coisa. Tenho honra de trabalhar com o Cícero, o Oswaldo de Oliveira, os atletas e tantas pessoas do bem. Vou trabalhar muito e não tenho medo. Tenho vontade e quero participar de uma situação de retomada, de colocar o Palmeiras para brigar sempre na parte de cima da tabela", disse.

Se o discurso de Mattos é tão cauteloso, o tratamento a ele não é. E por mais que tente apaziguar sua responsabilidade ou seu status de astro, na prática a torcida palmeirense certamente vai se apegar a Mattos para ter esperança de dias melhores. Sem reforços de peso, ele terá a missão de transferir todo seu glamour para o time.

Badalado, diretor quer criatividade e renovação de Valdivia:

Fonte: Terra
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