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Nobre dá seu dinheiro para "roda não parar" no Palmeiras

26 ago 2014 - 23h30
(atualizado em 27/8/2014 às 07h32)
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O presidente Paulo Nobre aproveitou a festa de aniversário do Palmeiras para reconhecer que não se sente confortável por emprestar seu dinheiro ao clube. No momento em que a dívida do Verdão com seu mandatário é estimada em R$ 120 milhões, o dirigente explicou que contrariar seus princípios foi a única maneira que encontrou para manter tudo funcionando quando assumiu no início de 2013.

"O dinheiro mais barato que encontrei foi, no primeiro momento, fazendo operações no mercado financeiro em meu nome e repassando ao clube. Depois, mais barato ainda, é o clube devendo direto para mim. Consegui uma operação superfactível para o Palmeiras me pagar em longo prazo. Não me orgulho disso, mas foi um caminho mais viável, o único para a roda não parar de rodar", afirmou, sem confirmar os números.

O dirigente alega que as finanças já estavam muito comprometidas no ano passado. "Dirigente colocar dinheiro do próprio bolso no clube é a contramão de tudo o que penso. Nunca foi meu objetivo e não me orgulho nem um pouco de ter colocado meu dinheiro nessa situação no Palmeiras. Porém, quando peguei o ano de 2013, havia apenas 25% das receitas, porque 75% já tinham sido adiantadas e gastas. E tinha de pagar luz, água e salário dos funcionários."A forma como o Palmeiras pagará ao seu presidente já vem sendo debatida no clube, e o mandatário acredita que a próxima gestão terá mais condições de trabalhar, pois explicou que a única receita adiantada do ano que vem é do Estadual.

"Tenho certeza absoluta de que o ano de 2015 terá muito menos dinheiro adiantado do que em 2013 e 2014. Para quem não sabe, foi feita uma operação em 2010 que gastou todo o dinheiro do Campeonato Paulista de 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015. Foram cinco anos adiantados e já gastos. Fora isso, não tem nada adiantado, e acredito em um Palmeiras mais saudável financeiramente no ano que vem", acrescentou.

Por isso, apesar de não gostar de ter colocado seu dinheiro no Verdão, Paulo Nobre acha que contribuiu para uma evolução do clube. "O que mais me orgulha é entregar ao próximo presidente um Palmeiras melhor do que pegamos", ponderou.

O dirigente ainda não se considera oficialmente candidato, mas deixa aberta a possibilidade de concorrer em novembro. "Tenho direito a uma reeleição, como pode ser qualquer candidato que estatutariamente possa se candidatar", completou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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