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WTorre admite atraso na Arena e vê tratamento diferente ao Itaquerão
A WTorre não trabalha mais com a hipótese de conseguir terminar as obras da Arena Palestra Itália até abril de 2013. A data havia sido estipulada pela própria construtora, que alega não haver mais tempo para atingir a meta. O diretor de novos negócios da empresa, Rogério Dezembro, vê diferença nos tratamentos dados ao estádio palmeirense e ao corintiano.
"Abril de 2013 era um prazo nosso, que, infelizmente, acho que não vamos cumprir, fica para meados de 2013. Estamos com folga em relação ao contrato com o Palmeiras e não vai passar do ano que vem", comentou.
Ao ser questionado sobre a velocidade das obras no Itaquerão, Dezembro apontou para as diferenças na burocracia exigida aos dois estádios. O dirigente explicou que, se a Arena fosse convidada para a Copa das Confederações, poderia ficar pronta tendo o mesmo incentivo do campo adversário.
"Claro que anda mais rápido lá, tem um turno a mais e um terreno limpo. Não posso trabalhar com terceiro turno aqui. Alguém de lá levou 60 dias para tirar quatro árvores? Se nos fossem dadas as mesmas condições, não teria problema, chegaríamos com 90 dias de folga para a Copa das Confederações", ponderou.
Dezembro citou as árvores como exemplo da dificuldade encontrada na modernização da Arena. "Precisávamos fazer a remoção de quatro que não eram nativas e estavam com problema de cupim, mas levamos 60 dias para conseguir a autorização. Mas não estou falando mal do lugar, porque temos um local com muito potencial. Tentamos ser o mais eficientes possíveis".
A construtora tem o alvará para a reforma do Palestra e, por isso, não pode demolir um setor das arquibancadas. Com isso, a empresa será obrigada a reparar o trecho que ainda está em pé, para viabilizar a construção dos novos assentos. O clube até tentou mudar o alvará, para permitir a demolição das arquibancadas que ainda restam e agilizar as obras, mas não conseguiu.
Dezembro ainda reafirmou também o interesse da WTorre em finalizar logo a modernização, já que só a partir daí poderá aproveitar todas as formas de lucro possíveis. "Nosso interesse é de inaugurar o quanto antes. Toda nossa receita que vai remunerar o investimento vai se efetivar a partir da inauguração. É um péssimo negócio postergar".
O dirigente não cita apenas o Itaquerão como exemplo, pois se recorda de outras obras em que vê diferenças de tratamento. "Certa vez, eu estava almoçando em Moema e ouvi um bate estaca. Aqui, nós não podemos usar, temos de ser silenciosos". Até o fim de fevereiro, a construtora planeja entregar os prédios poliesportivo e multiuso, que estão em fase de acabamento.
Gazeta Esportiva
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