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Palmeiras testa invencibilidade em Prudente contra irregular São Paulo

26 fev 2012 - 08h30
(atualizado às 08h43)
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Após o decepcionante empate da última quinta-feira contra o Oeste no Pacaembu, o Palmeiras vai até Presidente Prudente para o clássico diante do São Paulo, neste domingo, às 16h (de Brasília). Enquanto o time alviverde busca manter o bom retrospecto em clássicos na cidade, o clube tricolor tenta esquecer a irregularidade no Campeonato Paulista e finalmente parar de perder posições.

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Desde o final de 2011, já são 14 jogos sem perder do lado do Palmeiras, que tem o objetivo de se manter, pelo menos, entre os três primeiros colocados ao fim da rodada. Do outro lado do confronto está o São Paulo, que faz campanha irregular no Estadual. A única coisa que preocupa o técnico Emerson Leão é estar fora do grupo dos quatro primeiros o que, segundo ele, é uma obrigação dos clubes grandes do Estado.

Em 11 clássicos disputados em Prudente, o time de Luiz Felipe Scolari tem uma sequência de oito vitórias e três empates - diante do São Paulo, foram dois triunfos nos dois encontros no estádio. Por esse fator, os palmeirenses minimizaram o possível desgaste da viagem, já que a cidade está localizada a cerca de 600 km da capital paulista.

"É bom jogar lá. Estamos invictos, e se a diretoria e o Felipão escolheram jogar no Prudentão, não tem problema nenhum. O ruim é a distância, mas vamos de avião, não terá desgaste. Vai ser como se estivéssemos jogando no Brasileiro, são apenas 40 minutos de avião. Vamos jogar aonde ainda não perdemos e espero que continuemos assim", afirmou o volante Marcos Assunção.

Já na visão de Emerson Leão, atuar no interior paulista é ruim para todos. "Todo clássico levanta o astral. Palmeiras e São Paulo sempre foi um clássico rei, com o Morumbi lotado com 130 mil pessoas. Hoje temos o dobro de habitantes na cidade e jogamos o clássico fora de São Paulo. Quantos torcedores vão ficar sem assistir esse clássico? É um absurdo o que estão fazendo com nosso futebol. Por que não jogamos aqui? Deveríamos estar motivando o grupo com isso, mas temos que preparar a viagem", disse.

Com 21 pontos ganhos em nove jogos, a equipe alviverde está próxima de cumprir a meta de Luiz Felipe Scolari: somar 11 pontos entre a sexta e décima rodada - faltando um jogo para o fim da sequência, o time já conseguiu dez, necessitando, assim, apenas de um empate na partida com o São Paulo.

Segundo o comandante, o clássico deste domingo não terá grande importância no posicionamento das equipes na tabela, já que um resultado ruim não tira nenhum dos times do G-8, grupo que avança às quartas de final do Paulista. Com isso, para ele, o principal fator será psicológico.

"O que decide é o moral, o clube que ganhar fica com mais personalidade. Mas vai decidir realmente só depois, quando for um jogo só (na fase de mata-mata)", afirmou o técnico gaúcho, que considera o Palmeiras em melhor momento do que o rival. "O Palmeiras tem 21 pontos, o São Paulo tem 18, então nós chegamos melhor. Os números dizem isso", acrescentou.

Para o clássico, Felipão deverá ter o retorno do zagueiro Henrique, que estava suspenso e não enfrentou o Oeste, dando a oportunidade para a estreia do zagueiro paraguaio Román, que fez sólida partida. Valdivia, ainda em busca da total recuperação de lesão na coxa direita, foi vetado e, com isso, a armação palmeirense seguirá por responsabilidade de Daniel Carvalho.

Além disso, Deola deve retornar à meta palmeirense. Substituído por Bruno na última quinta, o goleiro recebeu críticas por falhas nos jogos contra o XV de Piracicaba e Guaratinguetá. O técnico do Palmeiras, que já saiu em defesa de seu jogador, reiterou não ter ficado incomodado com os erros, e a decisão de colocar o arqueiro no banco se deu apenas para conhecer melhor outras peças de seu elenco.

Já o São Paulo apostou durante a semana na resolução de seus problemas defensivos, pois são 11 gols sofridos nas primeiras rodadas - seis deles em bola aérea. Tendo o Palmeiras do especialista Marcos Assunção pelo caminho, o foco da preparação e principalmente das conversas de Emerson Leão foi exatamente nesse ponto. O time alviverde tem 18 gols marcados no Paulista, 11 em jogadas de bola aérea.

Lucas, que serve à Seleção Brasileira no amistoso contra a Bósnia dois dias depois do clássico, foi liberado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para atuar na partida. Apesar do feito, a briga para ter o jogador gerou um mal-estrar entre o Tricolor e a CBF, tanto que a entidade deverá entrar com uma representação contra o técnico Emerson Leão.

Isso por conta da declaração do comandante de que um membro da CBF teria recomendado para Lucas forçar o terceiro cartão amarelo e, assim, ser suspenso para o clássico e não gerar problemas em sua liberação.

O São Paulo tem três desfalques para essa partida: Luis Fabiano, ainda em recuperação de lesão, assim como Wellington, até então titular absoluto da equipe tricolor, e Fabrício. Em contrapartida, dois jogadores que não participaram do empate por 3 a 3 diante do Bragantino voltam de suspensão: Paulo Miranda e Willian José.

Dessa forma, o substituto do atacante e vice-artilheiro do Estadual com sete gols será a referência do ataque no lugar de Cícero, que desempenhou bem a função e marcou três gols no meio da semana. Na ausência dos ídolos Luis Fabiano, Rogério Ceni e Lucas, o camisa 10 Jadson e Lucas devem ser os principais jogadores do São Paulo diante do Palmeiras.

"Sempre há cobrança, mas sem os três vai faltar um pouco no São Paulo. Temos um grupo forte, com vários jogadores, é questão de união para que a gente possa chegar dentro de campo e jogar um bom futebol. A minha responsabilidade aumenta também. A equipe está precisando de uma vitória contra o Palmeiras. Vai ser difícil, mas temos que pensar nos três pontos", afirmou Jadson.

Em 11 clássicos na cidade do interior paulista, equipe de Luiz Felipe Solari venceu oito e empatou três
Em 11 clássicos na cidade do interior paulista, equipe de Luiz Felipe Solari venceu oito e empatou três
Foto: Mauro Horita / Terra
Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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