Adaptado ao Brasil, Barcos espera documento para defender Equador
28 fev2012 - 12h06
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Dassler Marques
Direto de São Paulo
Ainda que cause impacto em sua chegada ao futebol brasileiro, o argentino Hernán Barcos trabalha mesmo é por oportunidade em atuar pela seleção equatoriana. Artilheiro do futebol do Equador em 2011 a serviço da LDU, Barcos, agora no Palmeiras, trabalha desde o último ano para obter a documentação necessária para a dupla nacionalidade.
"Estou esperando a nacionalização, está perto de sair, está em trâmite", declarou Barcos nesta terça. "Sendo equatoriano, vai depender do treinador (Reinaldo Rueda) e das possibilidades na equipe", afirmou. Em três rodadas para as Eliminatórias da Copa de 2014, o Equador venceu Venezuela e Peru, mas perdeu para o Paraguai. O comando do ataque é posição carente no time de Rueda.
Em relação ao novo país, Barcos se declarou bem adaptado depois de marcar quatro gols em cinco jogos pelo Palmeiras, sendo quatro como titular. "Está tudo tranquilo. Moro em Alphaville (condomínio fechado em Barueri) e não tenho problema para treinar. Só hoje (terça) houve um acidente e foi complicado para chegar. Foi a primeira vez que vi o trânsito de verdade", afirmou.
Barcos, que já atuou na Argentina, no Paraguai, no Equador, na Sérvia e na China, lembrou que trabalhar fora de seu país não é novidade. "Tenho andado bastante pelos lugares e não tenho problema em me adaptar. Antes de vir já sabia que não teria problemas no Brasil".
Com o sucesso repentino do argentino Barcos em seu ataque - já são quatro gols em cinco jogos -, o Palmeiras torce para que o atleta consiga resolver uma "maldição" antiga no clube: a de um atacante goleador. Desde Alex Mineiro, campeão paulista em 2008, que o time alviverde procura um novo nome para seu ataque. Confira, a seguir, alguns fracassos do ataque palmeirense nos últimos anos:
Foto: Vipcomm / Daniel Ramalho (Especial para o Terra) / Getty Images
Após boa passagem pelo Oeste, onde se consagrou como artilheiro do Campeonato Paulista de 2010, Ricardo Bueno não repetiu as atuações pelo time alviverde e alterna momentos de titular e reserva. Até agora são apenas três gols em 22 partidas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Fernandão até chegou ao Palmeiras brilhando no clássico contra o Corinthians, quando marcou gol e ajudou na vitória contra o arquirrival, mas foi só. Ao todo, são quatro tentos em 24 duelos, além de protestos por parte dos torcedores
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Dinei veio do futebol espanhol ao Palmeiras e quase ficou marcado de forma negativa com o torcedor por um gol feito a favor do time alviverde: contra o Fluminense, que ajudaria o Corinthians a ser campeão brasileiro de 2010. Entretanto, o rival tricolor virou a partida e "salvou sua pele"
Foto: Edson Lopes Jr / Terra
Muito criticado pela torcida, Robert só brilhou quando fez três gols e ajudou a equipe alviverde a derrotar o Santos, de Neymar, por 4 a 3 na Vila Belmiro. Saiu pela porta dos fundos após discussão com o técnico Antônio Carlos Zago
Foto: Djalma Vassão / Gazeta Esportiva
Ewerthon chegou ao Palmeiras com desconfiança, principalmente por seu passado vitorioso no arquirrival Corinthians; não vingou e acabou indo parar no futebol russo, onde também já saiu
Foto: Getty Images
Keirrison teve um início avassalador pelo Palmeiras, com 16 gols em 14 jogos. Caiu de produção, falhou nas partidas decisivas, brigou com a torcida e deixou o clube pela porta dos fundos
Foto: Vipcomm / Divulgação
Adriano Michael Jackson chegou ao Palmeiras credenciado por gols e atuações de gala no Bahia, quando imitava danças do cantor americano ao balançar as redes. No Palestra só brilhou em jogo contra o Comercial-PI, ao marcar quatro gols na vitória por 5 a 1
Foto: Wagner Carmo / Gazeta Press
Obina confirmou seu status de goleador dos clássicos no Palmeiras, com três gols contra o Corinthians. Mas foi só. Querido pela torcida, acabou sofrendo com a má forma física e deixou o clube em seguida
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Miguel subiu aos profissionais com status de promessa da base, mas não vingou, entrou em polêmicas e acabou encostado
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Ídolo, Vagner Love retornou ao clube para continuar sua história escrita em 2004. Fracassou, entrou em rota de colisão com os torcedores e jurou amor ao Flamengo, seu time atualmente
Foto: Daniel Ramalho / Especial para Terra
Contratado para suprir a ausência de um camisa 9, Wellington Paulista nunca conseguiu uma boa sequência de jogos e viu Felipão o escalar mais afastado da área do que de costume. Saiu sem fazer um único gol sequer