Intermediária em "vaquinha" de Wesley ficará com 10% de doações
28 fev2012 - 14h15
(atualizado às 14h51)
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Dassler Marques
Direto de São Paulo
A empresa intermediária no projeto de viabilizar a contratação de Wesley ficará com 10% do valor arrecadado junto aos torcedores do Palmeiras. A informação foi confirmada por André Barros, responsável pelo My Own Player (meu próprio jogador). O grupo coordena toda campanha e fará inserções na mídia, inclusive com a presença do ex-goleiro Marcos. A fatia arrecadada pode chegar a R$ 2,1 milhões caso o clube consiga os R$ 21 mi pretendidos até 25 de março.
Ainda que afirmem que Wesley não está contratado, os dirigentes admitem a possibilidade de o clube completar o valor da operação caso os R$ 21 milhões não sejam arrecadados - são R$ 224 mil após pouco mais de 60 horas. Caso o Palmeiras confirme a tendência e quite a compra, o grupo MOP também terá direito aos R$ 2,1 mi previstos em contrato.
"Se ele for contratado, o Palmeiras vai usar os recursos que entrar. Se acharmos que o valor já é suficiente para a primeira parcela (pouco mais de R$ 5 milhões), vamos contratar e o dinheiro das doações vai para o pagamento", avisou o presidente Arnaldo Tirone. Dessa maneira, o único meio de o valor retornar aos torcedores é a volta de Wesley ao Werder Bremen.
"É uma ideia nova, pioneira. O Palmeiras vai até o final e está confiante. A campanha está no começo, praticamente o segundo dia. Agora com a divulgação na mídia vai melhorar", definiu Tirone.
Conservador em relação às contas do clube, ele se defendeu com a alegação de que não pode prejudicar o orçamento para contratar o jogador. Ele ainda negou a possibilidade de obter empréstimo de torcedores ilustres, recurso adotado para comprar Danilo e Valdivia no passado.
"Pegar dinheiro emprestado só em uma urgência. Não posso ir ao banco e endividar para contratar jogador. Caso a gente se desfaça de um ativo, podemos cobrir no futuro", disse Tirone - são três parcelas anuais de pouco mais de R$ 5 milhões para pagar o Werder Bremen além de encargos e impostos que totalizam os R$ 21 milhões. "Não podemos comprometer a estrutura, o Palmeiras não vive só de um jogador".
"Ele tem 24 anos, nível de Seleção e provou no Brasil que foi um sucesso pelos times que passou (Santos e Atlético-PR). Quero que a torcida entenda isso, ela deseja o jogador e será uma satisfação que possa colaborar. Vai ver ele em campo e pensar 'ajudei a trazer', vai ser uma satisfação".
Com o sucesso repentino do argentino Barcos em seu ataque - já são quatro gols em cinco jogos -, o Palmeiras torce para que o atleta consiga resolver uma "maldição" antiga no clube: a de um atacante goleador. Desde Alex Mineiro, campeão paulista em 2008, que o time alviverde procura um novo nome para seu ataque. Confira, a seguir, alguns fracassos do ataque palmeirense nos últimos anos:
Foto: Vipcomm / Daniel Ramalho (Especial para o Terra) / Getty Images
Após boa passagem pelo Oeste, onde se consagrou como artilheiro do Campeonato Paulista de 2010, Ricardo Bueno não repetiu as atuações pelo time alviverde e alterna momentos de titular e reserva. Até agora são apenas três gols em 22 partidas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Fernandão até chegou ao Palmeiras brilhando no clássico contra o Corinthians, quando marcou gol e ajudou na vitória contra o arquirrival, mas foi só. Ao todo, são quatro tentos em 24 duelos, além de protestos por parte dos torcedores
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Dinei veio do futebol espanhol ao Palmeiras e quase ficou marcado de forma negativa com o torcedor por um gol feito a favor do time alviverde: contra o Fluminense, que ajudaria o Corinthians a ser campeão brasileiro de 2010. Entretanto, o rival tricolor virou a partida e "salvou sua pele"
Foto: Edson Lopes Jr / Terra
Muito criticado pela torcida, Robert só brilhou quando fez três gols e ajudou a equipe alviverde a derrotar o Santos, de Neymar, por 4 a 3 na Vila Belmiro. Saiu pela porta dos fundos após discussão com o técnico Antônio Carlos Zago
Foto: Djalma Vassão / Gazeta Esportiva
Ewerthon chegou ao Palmeiras com desconfiança, principalmente por seu passado vitorioso no arquirrival Corinthians; não vingou e acabou indo parar no futebol russo, onde também já saiu
Foto: Getty Images
Keirrison teve um início avassalador pelo Palmeiras, com 16 gols em 14 jogos. Caiu de produção, falhou nas partidas decisivas, brigou com a torcida e deixou o clube pela porta dos fundos
Foto: Vipcomm / Divulgação
Adriano Michael Jackson chegou ao Palmeiras credenciado por gols e atuações de gala no Bahia, quando imitava danças do cantor americano ao balançar as redes. No Palestra só brilhou em jogo contra o Comercial-PI, ao marcar quatro gols na vitória por 5 a 1
Foto: Wagner Carmo / Gazeta Press
Obina confirmou seu status de goleador dos clássicos no Palmeiras, com três gols contra o Corinthians. Mas foi só. Querido pela torcida, acabou sofrendo com a má forma física e deixou o clube em seguida
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Miguel subiu aos profissionais com status de promessa da base, mas não vingou, entrou em polêmicas e acabou encostado
Foto: Reinaldo Marques / Terra
Ídolo, Vagner Love retornou ao clube para continuar sua história escrita em 2004. Fracassou, entrou em rota de colisão com os torcedores e jurou amor ao Flamengo, seu time atualmente
Foto: Daniel Ramalho / Especial para Terra
Contratado para suprir a ausência de um camisa 9, Wellington Paulista nunca conseguiu uma boa sequência de jogos e viu Felipão o escalar mais afastado da área do que de costume. Saiu sem fazer um único gol sequer