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Palmeiras chega aos 101 anos livre da "zica" do centenário

26 ago 2015 - 10h59
(atualizado às 11h54)
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Centenário de um clube é algo sempre muito comemorado por torcedores, mas que sempre gera preocupação nos gramados. Piadas como "centernada" são corriqueiras nesse ano de celebração, e a comemoração dos 100 anos do Palmeiras, há exato um ano, deu um pouco mais de dor de cabeça ao torcedor do que a simples falta de títulos.

Agora, na comemoração dos 101 anos do clube paulista, a sensação que a torcida tem é de página virada, diante dos fantasmas enfrentados pelo Palmeiras em 2014. O ano de 2015 está muito mais agradável aos palmeirenses, que assistem à renovação do elenco e sonham com uma vaga na Libertadores no fim do ano. O Terra preparou uma lista relembrando o sofrimento passado pelo Palmeiras desde seu último aniversário, e as razões que tem feito o torcedor sorrir na festa dos 101 anos.

Aniversário com um sonho... que não veio!

O dia do aniversário palmeirense ficou marcado por uma negociação que durou praticamente o dia todo e não foi concretizada: a contratação de Ronaldinho Gaúcho. A intenção do presidente Paulo Nobre era dar esse presente à torcida palmeirense, mas o mandatário não conseguiu chegar num acordo com Assis, irmão e empresário do jogador.

A esperança de ter Ronaldinho Gaúcho no elenco era tanta que teve loja oficial colocando camiseta do jogador em exposição
A esperança de ter Ronaldinho Gaúcho no elenco era tanta que teve loja oficial colocando camiseta do jogador em exposição
Foto: Twitter / Reprodução

Saída de Gareca e chegada de Dorival Júnior

A era Ricardo Gareca no Palmeiras chegou ao fim precocemente. O treinador argentino saiu do clube após nove jogos no Brasileiro e apenas uma vitória, mas deixou de legado quatro jogadores argentinos: Tobio, Mouche, Allione e Cristaldo. A preocupação com um novo rebaixamento já pairava sobre o clube e coube a Dorival Júnior tentar tirar o clube daquela situação.

Dorival Júnior chegou ao Palmeiras com a díficil missão de salvar o time do rebaixamento no ano do centenário
Dorival Júnior chegou ao Palmeiras com a díficil missão de salvar o time do rebaixamento no ano do centenário
Foto: Pedro Martins/Agif / Gazeta Press

A (frustrante) volta para a casa

Mesmo com a situação complicada em campo, a torcida teve um motivo para sentir orgulho: a inauguração da arena palmeirense, o Allianz Parque. O dia foi histórico, mas as 35 mil pessoas presentes no estádio tiveram de ver um ex-palmeirense estrear as redes. Ananias, na época jogador do Sport, fez o primeiro gol na nova casa do Palmeiras e decretou mais uma derrota alviverde no brasileiro.

Ananias, ex-Sport, foi o autor do primeiro gol do novo estádio palmeirense e estragou a festa da torcida
Ananias, ex-Sport, foi o autor do primeiro gol do novo estádio palmeirense e estragou a festa da torcida
Foto: Sergio Barzaghi / Gazeta Press

O dia em que o palmeirense comemorou gol de um rival

O segundo jogo no Allianz Parque foi justamente o que definiria se em 2015 o estádio seria palco de jogos da série A ou B. A torcida encheu o estádio e viu o Palmeiras empatar com o Atlético-PR. O gol que foi mesmo comemorado não aconteceu ali, e sim em Salvador. A gol do Santos em cima do Vitória decretou a permanência do alviverde na elite do Brasileiro.

Último jogo do Palmeiras em 2014 ficou marcado pela tensão da torcida, que só comemorou a permanência na Série A ao saber do gol de Thiago Ribeiro, pelo Santos
Último jogo do Palmeiras em 2014 ficou marcado pela tensão da torcida, que só comemorou a permanência na Série A ao saber do gol de Thiago Ribeiro, pelo Santos
Foto: Leandro Martins / Futura Press

Esperanças renovadas

Chegada de um novo diretor de futebol ao Palmeiras deu um novo ânimo à torcida. Alexandre Mattos, ex-dirigente do bicampeão Cruzeiro, chegou em São Paulo e em sete dias no cargo conseguiu contratar 14 jogadores. “Mittos”, como ficou conhecido entre os torcedores, já trouxe 25 reforços ao clube. Entre os contratados está Dudu, que era disputado entre Corinthians e São Paulo e foi anunciado no Palmeiras em pleno domingo.

Alexandre Mattos, diretor de futebol do Palmeiras, rapidamente se tornou querido pela torcida por trazer 14 reforços em uma semana de trabalho
Alexandre Mattos, diretor de futebol do Palmeiras, rapidamente se tornou querido pela torcida por trazer 14 reforços em uma semana de trabalho
Foto: Daniel Vorley/Agif / Gazeta Press

Sócio torcedor + casa cheia + patrocínios = muito dinheiro

Não importa o adversário e nem o horário, a torcida tem dado um show nas arquibancadas do Allianz Parque. O Palmeiras tem a melhor média do Campeonato Brasileiro e uma renda que já ultrapassa os R$ 23 milhões. A venda dos ingressos no estádio é prioritária para sócios torcedores e o programa do clube, o Avanti, teve um salto de mais de 60 mil associados em 2015 e alcançou o número de 129 mil sócios, se tornando o segundo maior plano do país. Além disso, o Palmeiras fechou com quatro patrocinadores e arrecadará R$ 50 milhões com os anunciantes.

Casa cheia virou rotina no Allianz Parque em dia de jogos do Palmeiras
Casa cheia virou rotina no Allianz Parque em dia de jogos do Palmeiras
Foto: Leandro Martins / FramePhoto

Valdivia? Para quê Valdivia?

Um dos personagens mais controversos do elenco palmeirense deixou a Academia pela porta dos fundos. Valdivia, querido por alguns torcedores e odiado por outros, não chegou a um acordo com Paulo Nobre e saiu do Palmeiras, após o término do seu contrato, rumo ao Al Whada, dos Emirados Árabes. Todas as contusões sofridas pelo chileno acabaram com a paciência do torcedor. Antes visto como peça essencial do ataque palmeirense, Valdivia já não era mais unanimidade diante de todos reforços que chegaram ao clube.

Após o clássico contra o Corinthians, pela Campeonato Paulista, o palmeirense só viu grandes atuações de Valdivia pela Copa América
Após o clássico contra o Corinthians, pela Campeonato Paulista, o palmeirense só viu grandes atuações de Valdivia pela Copa América
Foto: Rodrigo Gazzanel / Futura Press

Rei dos clássicos

Cinco vitórias nos nove clássicos disputados no ano. O número é o mais que o dobro das vitórias dos últimos três anos somados. Entre 2012 e 2014, o Palmeiras venceu apenas dois jogos contra rivais paulistas. O grande protagonista dos clássicos tem sido Rafael Marques, que fez cinco gols. Sozinho, o atacante fez o mesmo tanto de gols que todo o time em 2014, em que foram marcados sete gols nos rivais.

Rafael Marques fez cinco gols contra os rivais e ficou conhecido pela torcida como "rei dos clássicos"
Rafael Marques fez cinco gols contra os rivais e ficou conhecido pela torcida como "rei dos clássicos"
Foto: Luis Moura / Gazeta Press

Resultados em campo

Através do trabalho de Oswaldo de Oliveira, o Palmeiras chegou ao vice-campeonato paulista, perdendo a final para o Santos. Era a primeira final disputada pelo clube desde o título de 2008. Em meados de junho, Oswaldo saiu de cena para dar lugar a Marcelo Oliveira, ex-técnico do Cruzeiro. Com Marcelo, o clube voltou a brigar por vagas no G4 do Brasileiro. Além disso, Marcelo tem a missão de classificar o Palmeiras na Copa do Brasil, no dia do aniversário e contra seu ex-clube.

Com Marcelo Oliveira, Palmeiras saltou da 15ª colocação e agora briga por vaga no G4 do Brasileiro
Com Marcelo Oliveira, Palmeiras saltou da 15ª colocação e agora briga por vaga no G4 do Brasileiro
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press
Foto: Leandro Martins / Futura Press
Fonte: Terra
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