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Palmeiras oferece segurança, psicólogo e regalias para Valdivia ficar

12 jun 2012 - 13h26
(atualizado às 14h55)
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João Henrique Marques
Direto de São Paulo

Valdivia demonstrou, em reunião na Academia de Futebol, na manhã desta terça-feira, estar inclinado a deixar o Palmeiras. E para convencer o chileno a ficar, o clube alviverde já ofereceu cuidados diferenciados com o acompanhamento de um segurança, tratamento psicológico e até mesmo regalias para que realize constantes viagens ao Chile.

"Precisamos estar solidários e ajudar o Valdivia em todos os aspectos. Nós disponibilizamos um segurança da nossa equipe, que fica com ele nos próximos dias. Ele não fez nenhum pedido além deste. O que tem programada também é a assistência com um psicólogo, para entendermos como devemos agir, porque ele está abalado e chorando muito", disse o gerente de futebol do clube, César Sampaio.

"Ele sabe que pode contar com a gente. Se ficar, também vamos elaborar um calendário para que possa visitar os familiares no Chile com frequência", complementou o dirigente.

Valdivia já foi liberado pelo Palmeiras dos treinamentos da semana. O clube espera resolver o caso até sexta-feira. "Demos esse período até sexta para uma reflexão da situação. Queremos contar com ele, mas precisamos ver o lado humano da coisa. Tudo que for do alcance do Palmeiras vamos fazer", avisou Sampaio.

Entenda o caso:

Valdivia foi vítima de um sequestro relâmpago na noite da quinta-feira, dia 7 de junho, na Avenida Sumaré, na zona Oeste de São Paulo. O jogador foi rendido por dois homens armados e ficou durante quase três horas como refém até ser libertado na frente da Academia de Futebol, na Avenida Marquês de São Vicente. O chileno não sofreu ferimentos e teve R$ 1 mil roubados (máximo permitido para saques em caixas eletrônicos no horário).

No momento do sequestro, Valdivia estava acompanhado da mulher, Daniela Aránguiz, que ficou impressionada com o acontecimento e pediu para retornar ao Chile. O camisa 10 foi dispensado da partida de sábado (dia 9) contra o Atlético-MG, no Estádio do Pacaembu, e autorizado a viajar a Santiago na manhã da sexta. O meio-campista havia dito que se reapresentaria na segunda (11).

Em entrevista à emissora chilena TVN, porém, Daniela disse que havia sofrido uma tentativa de agressão sexual dos sequestradores e frisou que não regressaria a São Paulo. "Quando ficamos sozinhos, ele (sequestrador) tentou me tocar. Eu não posso voltar ao Brasil. Tínhamos uma vida, compramos um apartamento, mas eu e meus filhos não vamos voltar", assegurou.

Ciente dos problemas, o Palmeiras admitiu alongar o prazo para que Valdivia se reapresentasse. Gerente de futebol da equipe alviverde, César Sampaio declarou que o meia estava "bem abalado" com o ocorrido e que era necessário "respeitar o lado humano e dar o apoio necessário". O dirigente afirmou que o camisa 10 deveria retornar "quando estivesse bem" e "com a cabeça no clube".

Valdivia, aliás, não se reapresentou na data inicialmente marcada e faltou ao treinamento realizado na manhã de 11 de junho. O meia, porém, embarcou na companhia do pai (e sem a mulher) em Santiago a caminho do Brasil para se reapresentar ao Palmeiras. Contudo, o volante Claudio Valdivia, irmão mais novo do palmeirense, informou que o atleta está disposto a deixar o Palestra Itália.

"A ideia é voltar ao Brasil para conversar com os dirigentes e chegar a um acordo. O Jorge não está bem e viajará nosso pai com ele, para que veja o assunto do contrato. Talvez seja possível ver uma cláusula para deixar (o Palmeiras) e jogar em outro país. Ele quer estar com a família e não conseguirá isso lá (no Brasil)", disse Claudio Valdivia, que chegou a defender o Palmeiras B durante a primeira passagem do meia chileno pelo clube.

Palmeiras não abre mão de Valdivia, diz Sampaio:
Fonte: Terra
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