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Para Zé Roberto, nem Batman jogaria no Brasil: "Vida de caminhoneiro"

12 fev 2016 - 08h31
(atualizado às 10h09)
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Zé Roberto chegou ao Palmeiras em 2015 dizendo que atuaria até os 50 anos de idade. Mas o jogador, que completará 42 anos em julho, anunciou que se aposentará ao final desta temporada porque nem super-heróis suportariam o calendário do futebol brasileiro. O veterano até vê colegas com “vida de caminhoneiro”.

“Ainda que tivéssemos um Super-homem ou Batman da vida, eles não aguentariam o calendário brasileiro”, apostou o camisa 11, enxergando a criação da Primeira Liga, envolvendo times do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, do Rio Grande do Sul, do Paraná e de Santa Catarina, como uma desvantagem maior para os atletas.

“Falo com amigos meus que jogam no Grêmio e a vida deles parece vida de caminhoneiro: ficam mais tempo fora do que em casa. Um dos filhos até chama um deles de tio em vez de pai porque só o vê de vez em quando”, relatou Zé Roberto, que decidiu se aposentar para, justamente, estar mais próximo da família.

“Com certeza eu poderia jogar até os 50 anos, porque sempre me cuidei. Mas o calendário do futebol brasileiro, não olhando para o lado do atleta profissional e só para outros benefícios, fez eu decidir jogar somente mais este ano”, prosseguiu o veterano, sem grandes preocupações físicas.

O Palmeiras analisa o desgaste de seus jogadores e, por isso, Zé Roberto já foi poupado na semana passada, diante do São Bento, pelo Campeonato Paulista. Tudo para evitar lesões. “No início da pré-temporada, tive uma conversa muito clara com a comissão técnica que, perante o calendário, não será possível jogar todos os jogos. Até porque não sou máquina”, falou o atleta, ressaltando, porém, seu condicionamento.

“A minha condição física me surpreende a cada dia. Nunca imaginei que chegaria aos 41 anos, prestes a fazer 42 em julho, jogando em alto nível. Mas é claro que me preparei para isso, desde quando era novo e tomei conhecimento de que o corpo é meu instrumento de trabalho. A nossa vida é feita de escolhas e tracei metas. Nunca tive vício nenhum e a genética me ajudou, nunca tive lesão grave. E não posso deixar de falar da paixão. Quando era criança, sempre sonhei ser jogador de futebol e esse amor continua ardendo muito dentro de mim”, declarou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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