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Paulo Nobre rompe com organizadas e exige identificação de “câncer”

7 mar 2013 - 17h52
(atualizado às 18h57)
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Os atos de violência protagonizados por integrantes da torcida Mancha Alviverde, nesta quinta-feira, levaram o presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, a romper suas relações com os líderes de todas as organizadas do clube. O mandatário cortou as regalias e exigiu a identificação dos responsáveis pela agressão ao goleiro Fernando Prass, no aeroporto de Buenos Aires.

"Esperamos que uma organizada identifique os marginais, para expulsá-los da torcida e entregá-los à polícia. Cortamos todas as regalias que eventualmente as organizadas tinham. Até que se tome esta medida, não existe mais diálogo com esta presidência. Estamos 100% ao lado do nossos elenco", afirmou o principal dirigente palmeirense, em entrevista coletiva na Academia de Futebol.

Paulo Nobre explicou que não vai "generalizar toda a torcida organizada por causa de meia dúzia de bandidos que lá existem", mas só voltará a conversar com os líderes depois que os responsáveis forem identificados. O dirigente foi contundente ao criticar os integrantes mais violentos das uniformizadas."Essas pessoas (que causam brigas) não são torcedores, e sim um câncer do futebol. Elas causam crise onde não existe e até brigam com torcedores que não cantam a mesma música ou divergem de críticas. Na base da violência, tentam tomar conta das arquibancadas", acrescentou.

O presidente revelou nesta quinta quais eram as regalias dadas pelo Palmeiras às uniformizadas. Em jogos na capital paulista, o Verdão vendia uma cota de ingressos diretamente aos grupos, evitando filas ou transtornos aos organizados. Já em partidas no exterior, o clube cedia gratuitamente as entradas, sem ajudar nos custos da viagem. Apesar do anúncio, Paulo Nobre admite voltar a conversar em caso de identificação dos responsáveis.

"Acredito no bom diálogo, que existia até ontem (quarta-feira). Se identificarem e entregarem à polícia, o relacionamento volta a ser normal, ou seja, sadio como era até agora", acrescentou o mandatário, que recordou ter sido integrante da torcida "Inferno Verde", mas alegando que não via atos de violência na época.

O dirigente demonstra estar ciente de que pode sofrer uma cobrança mais forte por parte das organizadas neste momento. "Eu quis ser presidente do Palmeiras e tenho de estar preparado para tudo. Vai existir pressão, mas paciência", encerrou.

A confusão entre torcedores e elenco aconteceu antes do embarque do time, na manhã desta quinta, em Buenos Aires. Irritados com a derrota para o Tigre, pela Copa Libertadores, os torcedores tentaram agredir Valdivia, que foi protegido por outros atletas. Porém, o goleiro Fernando Prass sofreu um corte na cabeça depois que uma xícara foi atirada contra a parede.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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