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Por família, Maxi recusa Palmeiras e volta a ser amador na Argentina

29 mai 2015 - 11h11
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O time de basquete do Palmeiras perderá seu principal ídolo na próxima temporada. O armador Maximiliano Stanic preferiu recusar uma eventual renovação de contrato por motivos familiares e, de volta à Argentina, vem jogando de forma amadora pelo Morón, equipe de sua cidade natal.

"Aos torcedores do Palmeiras, deixo o meu agradecimento. Jamais vou esquecê-los. O clube fica marcado pelo resto da minha vida", afirmou Stanic em entrevista à Gazeta Esportiva. Ainda sem destino definido, o jogador de 36 anos não pretende encerrar a carreira.

Pelo Palmeiras, Maxi participou das duas últimas edições do Novo Basquete Brasil (NBB), nas quais o time alviverde caiu nos playoffs. Pelo Morón, ele vem atuando ao lado de Juan Matias Laprovittola, irmão mais novo do flamenguista Nicolas e filho da política Margarita Stolbizer, candidata à presidência da Argentina. 

Embora tenha feito proposta para manter Stanic, o Palmeiras não confirma a continuidade do time de basquete para a próxima temporada, o que depende de patrocínio. Ainda assim, em conjunto com os diretores da modalidade, o técnico Régis Marrelli já pensa em nomes para compor a equipe, que passará por profunda reformulação - o ala/armador Neto tem poucas chances de renovar.

Gazeta Esportiva - Soube que não houve acordo entre você e o Palmeiras para renovar o contrato para a próxima temporada. Confirma essa informação?

Stanic - Sim, a decisão foi minha. Decidi ficar na Argentina, esperando. Ainda não sei onde vou jogar. Meus filhos estão na escola e esse era o momento de voltar, de ficar na Argentina. Mesmo se o Palmeiras fizesse uma proposta financeira muito alta, eu teria que pensar.Gazeta Esportiva - Foi o aspecto familiar que realmente acabou definindo? 

Stanic - O Palmeiras fez uma boa proposta, mas sem tanta diferença (dos padrões) da Argentina. Minha decisão foi 100% familiar e pensando mesmo na escola das crianças, pensando que ficar na Argentina seria o melhor no momento.

Gazeta Esportiva - Você era o principal ídolo da torcida, que criou até uma campanha por sua permanência no clube. Pelo carinho dos palmeirenses, dá um pouco de pena não renovar?

Stanic - Deixei as portas abertas para voltar, mas sabia que seria muito difícil, como foi em 2014. No ano passado, ainda consegui ajeitar as coisas na Argentina e retornei para disputar o NBB. Para essa próxima temporada, porém, eu sabia que seria praticamente impossível.

Gazeta Esportiva - Que mensagem você deixa para os torcedores do Palmeiras?

Stanic - Fica o meu agradecimento. Quase não tenho palavras para agradecer pelo carinho que sempre tiveram comigo e com a minha família. Até hoje, pelas redes sociais me enviam mensagens e fico muito feliz, emocionado. Jamais vou esquecer o torcedor palmeirense, a diretoria e todos do clube justamente pelo cuidado especial que tiveram comigo e com minha família. Obrigado por tudo, por cada gesto, por me fazerem vibrar em quadra a cada bola. Tudo o que fiz com a camisa do Palmeiras foi por esse carinho. Nunca vou esquecer.Gazeta Esportiva - Você chegou ao Palmeiras já experiente, com passagens por times europeus e pela seleção argentina. O que o clube representou na sua carreira? 

Stanic - O Palmeiras entrou na minha vida em um momento muito particular, em que eu já estava me preparando para parar de jogar, pois havia acontecido uma situação ruim com um time da Europa (o Verona), que não levou adiante o que foi acordado. Então, joguei três meses no Obras Sanitarias-ARG, mas a cabeça não estava em quadra. Quando saí do Obras, o Palmeiras chegou e tudo mudou.

Gazeta Esportiva - Mudou de que maneira exatamente? 

Stanic - No Palmeiras, voltei a me divertir, voltei a entender porque jogava basquete, porque esse foi o meu trabalho por tantos anos. Logo começou a magia com a torcida, a boa relação com a diretoria e tudo isso foi muito importante. O Palmeiras vai ficar marcado pelo resto da minha vida, pois recuperei a alegria em jogar basquete.

Gazeta Esportiva - Você está com 36 anos, ainda jogando em alto nível. Acha que tem condições de atuar durante mais alguns anos ou já estabeleceu uma data para encerrar a carreira?

Stanic - Enquanto me sentir bem fisicamente e tiver vontade de treinar e jogar, vou continuar. Ainda não pensei no dia de encerrar minha carreira.Gazeta Esportiva - Você tem jogado o Torneio Pré-Federal pelo Morón. Como está sendo vestir a camisa do time que representa a cidade em que nasceu? 

Stanic - Está sendo muito legal, pois voltei a ser amador, já que não recebo dinheiro no Morón. Só quero ajudar, e isso não tem preço. Voltei pelo clube, vejo pessoas que jogaram comigo no juvenil. A repercussão tem sido muito boa e importante. Voltar a ser amador é incrível.

Gazeta Esportiva - O Juan Matias Laprovittola, irmão mais novo do Nicolas, hoje no Flamengo, também está jogando pelo Morón. O que você acha desse jovem? Tem potencial para chegar longe? 

Stanic - Sim, ele saiu de outro clube do bairro de Morón. É um bom jogador, uma grande pessoa e que está melhorando dia a dia.

Gazeta Esportiva - A Margarita Stolbizer, mãe dos irmãos Laprovittola, tem sua base política em Morón. Se puder participar das próximas eleições presidenciais, você pretende votar nela?

Stanic - Ela deve ser candidata à presidência, sim, mas ainda não sei em quem vou votar. Tenho uma relação com ela e com Nico (Laprovittola) de muitos anos e gosto bastante dela como pessoa. Quando chegar o momento, vou decidir.

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