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Por venda, investidor quer Valdivia na vitrine da Copa do Brasil

20 jun 2012 - 05h00
(atualizado às 07h42)
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O futuro do meia Valdivia só será definido quando o Palmeiras encerrar sua participação na Copa do Brasil. Para o investidor Osório Furlán Júnior, que detém 36% dos direitos do jogador, é importante que o chileno esteja em campo nesta reta final do torneio, para que tenha uma possibilidade maior de negociação com o exterior.

Chileno teria despertado o interesse de um clube árabe e do América-MEX
Chileno teria despertado o interesse de um clube árabe e do América-MEX
Foto: Edson Lopes Jr / Terra

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"Falaram de interesse dos Emirados e do México, mas ele tem de jogar. Vamos ver se ele joga na quinta, caso esteja bem. Se passar para a final, tem de estar na vitrine, porque ninguém compra sem ver", afirmou o empresário, em contato por telefone com a GE.Net.

Osório Furlán Júnior ajudou o Palmeiras a comprar os direitos de Valdivia do Al-Ain, mas percebeu que o investimento não terá retorno. Depois do sequestro relâmpago sofrido pelo chileno, o empresário manifestou seu interesse em negociar o atleta, mesmo que seja por um valor menor do que foi pago ao clube árabe.Por outro lado, o gerente de futebol do Palmeiras, César Sampaio, tenta manter o Mago no elenco do técnico Luiz Felipe Scolari e não demonstra vontade em negociá-lo.

"O Valdivia tem contrato conosco (até 2015) e queremos que cumpra. Entendemos a situação que passou, mas o clube disponibilizou altos recursos para recuperar suas partes emocional e familiar. Ele não está à venda. Se não conseguirmos resolver a permanência dele, vamos pensar na possibilidade de saída, mas este é um terceiro passo", afirmou o dirigente, que descarta liberação de graça.

O camisa 10 está em dúvida se deve continuar no Palmeiras, pois sua esposa, Daniela Aranguiz, avisou que não aceita mais morar no Brasil. Mesmo diante da insistência do Verdão em segurar o atleta, Furlán ainda espera uma reunião com os dirigentes para tratar do futuro do meio-campista.

"Podemos sentar e negociar, pois acho que vamos chegar a um acordo. Isso é como um casal. Quando casa, está tudo a mil maravilhas. Quando separa, é melhor ter um mau acordo do que uma grande briga", afirmou o empresário, que exige ser consultado sobre o destino do jogador.

O investidor explicou que há um acordo para a permanência de Valdivia até o fim da Copa do Brasil e torce por uma vitória do Palmeiras sobre o Grêmio. Porém, em caso de eliminação na noite de quinta-feira, Furlán espera chegar a uma definição na sexta sobre o jogador.

O jornal chileno La Tercera veiculou o interesse de um time dos Emirados Árabes e também do América, do México, pelo camisa 10 alviverde, mas o Palmeiras nega que tenha recebido as propostas. Valdivia treinou com o elenco na tarde de terça-feira e pode ser a novidade para o segundo duelo da semifinal do mata-mata, contra os gaúchos.

Entenda o caso:

Valdivia foi vítima de um sequestro relâmpago na noite da quinta-feira, dia 7 de junho, na Avenida Sumaré, na zona Oeste de São Paulo. O jogador foi rendido por dois homens armados e ficou durante quase três horas como refém até ser libertado na frente da Academia de Futebol, na Avenida Marquês de São Vicente. O chileno não sofreu ferimentos e teve R$ 1 mil roubados (máximo permitido para saques em caixas eletrônicos no horário).

No momento do sequestro, Valdivia estava acompanhado da mulher, Daniela Aránguiz, que ficou impressionada com o acontecimento e pediu para retornar ao Chile. O camisa 10 foi dispensado da partida de sábado (dia 9) contra o Atlético-MG, no Estádio do Pacaembu, e autorizado a viajar a Santiago na manhã da sexta. O meio-campista havia dito que se reapresentaria na segunda (11).

Em entrevista à emissora chilena TVN, porém, Daniela disse que havia sofrido uma tentativa de agressão sexual dos sequestradores e frisou que não regressaria a São Paulo. "Quando ficamos sozinhos, ele (sequestrador) tentou me tocar. Eu não posso voltar ao Brasil. Tínhamos uma vida, compramos um apartamento, mas eu e meus filhos não vamos voltar", assegurou.

Ciente dos problemas, o Palmeiras admitiu alongar o prazo para que Valdivia se reapresentasse. Gerente de futebol da equipe alviverde, César Sampaio declarou que o meia estava "bem abalado" com o ocorrido e que era necessário "respeitar o lado humano e dar o apoio necessário". O dirigente afirmou que o camisa 10 deveria retornar "quando estivesse bem" e "com a cabeça no clube".

Valdivia, aliás, não se reapresentou na data inicialmente marcada e faltou ao treinamento realizado na manhã de 11 de junho. O meia, porém, embarcou na companhia do pai (e sem a mulher) em Santiago a caminho do Brasil para se reapresentar ao Palmeiras. Contudo, o volante Claudio Valdivia, irmão mais novo do palmeirense, informou que o atleta está disposto a deixar o Palestra Itália.

"A ideia é voltar ao Brasil para conversar com os dirigentes e chegar a um acordo. O Jorge não está bem e viajará nosso pai com ele, para que veja o assunto do contrato. Talvez seja possível ver uma cláusula para deixar (o Palmeiras) e jogar em outro país. Ele quer estar com a família e não conseguirá isso lá (no Brasil)", disse Claudio Valdivia, que chegou a defender o Palmeiras B durante a primeira passagem do meia chileno pelo clube.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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