Prass aponta situação estranha para árbitro mudar "decisão unânime"

O árbitro Jailson Macedo Freitas relatou em sua súmula que “nada anormal” ocorreu na vitória da Chapecoense sobre o Palmeiras nesse domingo, mas a anulação do cartão vermelho dado a Egídio paralisou o jogo por quase cinco minutos no primeiro tempo. E Fernando Prass indicou estranheza ao ver o juiz mudar uma decisão que dizia ser convicção de todos os envolvidos na arbitragem.

“É uma situação estranha que dá margem para se pensar que houve uma interferência externa”, disse o goleiro, que correu para pedir que alguém avisasse sobre a invalidação da expulsão a Egídio, que já estava nos vestiários da Arena Condá.

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“Questionei o juiz, e o próprio assistente falou que o Egídio tocou na bola. Mas o juiz tinha falado que, por unanimidade, os quatro tinham se comunicado e decidido que foi falta. Depois de um bom tempo, comunicou que daria bola ao chão. Foi nesse momento que vi que ele tinha revisto a decisão dele”, relatou o camisa 1.

O lance ocorreu aos 15 minutos do primeiro tempo. Barbio driblou Vitor Hugo e Egídio esticou a perna, tocando na bola antes de o rival cair. O árbitro o expulsou por enxergar situação clara de gol e imagens mostram o assistente Bruno Boschilia, que estava de frente para o lance, indicar que o lateral do Palmeiras não cometeu falta.

Após quase cinco minutos, Jailson Macedo anulou a expulsão. O quarto árbitro, Daniel Nobre Bins, disse ter alertado Jailson de que não era falta, contrariando a “unanimidade” que o árbitro usou como argumento ao falar com Prass. Bins relatou ainda que não avisou antes por falha no sistema de comunicação com os árbitros.

No segundo tempo, Jailson gerou outra confusão, quando titubeou e acabou não atendendo a sinalização do assistente Ivan Carlos Bohn sobre impedimento de Barbio no gol de Tulio de Melo. Mas nenhum desses problemas da arbitragem é apontado como desculpa para o Palmeiras perder por 5 a 1.

“A arbitragem não tem culpa nenhuma no resultado. A culpa é nossa. São essas situações que precisamos entender”, cobrou Fernando Prass, que concedeu entrevista no desembarque da delegação no aeroporto de Congonhas, na manhã desta segunda-feira.