Scolari ironiza "pré-contratos" e fala em reforços para 2012
Após coletivas polêmicas nos últimos tempos, Felipão esteve mais "light" na sala de imprensa da Academia de Futebol na tarde desta sexta. O técnico ironizou a origem de um pré-contrato com o São Paulo e, pela primeira vez, falou que já passou uma lista de reforços para a diretoria, visando 2012.
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"Tenho quatro pré-contratos. O Murtosa vai para Minas, Carlão para Rio. Anselmo (Sbragia) no São Paulo. Galeano vai assumir aqui, e eu vou ser gerente. Eu já tive quatro pré-contratos. Só fico feliz que cada um mostra que gostaria de trabalhar lá. Sinal que tenho qualidade, não sou tão ruim assim. Eu acho legal. Tenho cumprido meu trabalho, o que é definido pelo Palmeiras", disse Felipão, que também é visto como um alvo do Corinthians.
"Gosto muito do Andrés (Sanchez, presidente do Corinthians), tenho amizade. Fiquei meia hora conversando com ele no evento do Marcos. Fui num show de Vitor e Léo, fiquei meia hora com Andrés. Por isso vou para o Corinthians? Tenho amigos. Vivi em Minas, fui 20 vezes na casa do Zezé. Sou amigo. Não é porque falo que estou acertando. Agora ouço que eu dei a possibilidade de não haver multa (com o Palmeiras), porque eu estava preparando o golpe. Quem diz isso é burro de galocha, mal intensionado. Em 1999, eu fiz a mesma coisa, em cartório. E fiquei mais de um ano e meio. Isso é covardia, não vou explicar. Tem interesses... O dia que eu sair, vou para um time, pode ter certeza. Ou encerro minha carreira. Mas por enquanto tenho meu contrato, está tudo bem. Fico feliz que muitos times têm interesse. Ou vou ser maganer geral de quatro times", completou o treinador.
A informação de que Felipão teria um pré-contrato com o São Paulo foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo. Apesar de ter contrato até o fim de 2012, a permanência de Scolari na Academia na virada do ano não é certa para muitos diretores e conselheiros palmeirenses. O próprio técnico demonstrou irritação. Mas, pela primeira vez, ele falou do planejamento para o ano que vem com a direção alviverde.
"Natural, tem de estar de olho no mercado. Já passei uma lista para o presidente. O dinheiro é ele que tem. Se dá um copo, meio copo. Isso é com ele", disse o comandante, questionado sobre o interesse em Luiz Ricardo, lateral direito da Portuguesa.
"Se eu passei a lista, tem de perguntar para o Tirone. Ele vai dizer se tem Luiz Ricardo, Luís Fabiano, Pedro Henrique... Eu não vou dizer nada. E aqui no Palmeiras sai tudo. Em baixo de uma pedra deve ter os sete, oito nomes que escrevi", completou.
Mais uma vez, porém, Felipão deixou claro que não veria problema algum em trabalhar, um dia, em um clube rival. Ele já tinha falado neste tom neste ano.
"O dia que eu sair do Palmeiras, sou um profissional livre. Não tem problema algum. Uma vez, recebi proposta do Inter. A proposta era espetacular, tenho grandes amigos no Inter. Só que naquele momento o Inter só tinha uma visão: ganhar a Libertadores. Se não ganhasse, identificado com rival (técnico é gremista), seria ruim de administrar. Eu disse não. Mas não impede que um dia eu treine o Inter. Naquele momento foi assim. Minha esposa é uma das únicas que tem uma camisa do Inter de 100 anos, dada pela diretoria deles. Naquela época não deu. Aqui em São Paulo, não tenho inimizade com ninguém. Saindo do Palmeiras, penso eu que sou livre", destacou.
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