PUBLICIDADE
Logo do Palmeiras

Palmeiras

Favoritar Time

Sem Ronaldinho, festa do Palmeiras é clássica e nostálgica

27 ago 2014 - 02h06
(atualizado em 2/12/2014 às 15h26)
Compartilhar
Exibir comentários

A festa oficial de 100 anos do Palmeiras começou sob clima de expectativa, já que existiam boatos de que o clube iria anunciar no evento a contratação do meia-atacante Ronaldinho. Porém, não houve acerto na negociação e assim a festa seguiu de maneira previsível, cheia de tradições clássicas e momentos de nostalgia.

De acordo com informações de bastidores, o Palmeiras não organizou a festa pensando em anunciar Ronaldinho. Mas a proximidade do acerto fez com que essa ação fosse cogitada. Se a contratação realmente fosse oficializada, os dirigentes e a assessoria de imprensa do clube iriam se reunir para discutir quando seria feito o anúncio - o presidente Paulo Nobre era contra fazê-lo na festa do centenário. E na prática o que se viu foi uma bagunçada entrevista em que Nobre e o vice-presidente Mauricio Galiotte deram suas versões sobre o fracasso na contratação.

Sem Ronaldinho, a festa seguiu seu ritual esperado, tradicional, com muitas menções às glórias do clube. Logo na entrada, foi preparado um túnel do tempo, em que a proposta era levar os convidados ao passado. Trofeus importantes ficaram expostos, assim como uniformes de cada época vitoriosa do Palmeiras. No hall de entrada ficaram em destaque as taças conquistadas no Ramon de Carranza, competição internacional e amistosa, disputada na Espanha e vencida três vezes pelo Palmeiras.

Quando o evento começou, por volta de 21h (de Brasília), os apresentadores Carlos Tramontina e Diana Bouth deram início a uma série de discursos. O presidente Paulo Nobre, o ministro do Esporte e palmeirense Aldo Rebelo, e o presidente da CBF, José Maria Marin, exaltaram a história do clube alviverde. Este ainda entregou uma placa como homenagem. Depois Pelé apareceu em vídeo e também elogiou o Palmeiras, que era o principal adversário do Santos nas décadas de 60 e 70.

Passados esses momentos quase burocráticos, os presentes passaram a ver momentos mais emocionantes, que até causaram exaltações. Quando foi lembrado o título do Campeonato Paulista de 1993, momento em que o Palmeiras saiu da fila, foi gritado um "Chupa, Corinthians" bem alto. Três outros momentos ainda geraram comemorações exaltadas: o pênalti perdido por Zapata que resultou no título da Copa Libertadores em 1999; o pênalti cobrado por Marcelinho e defendido por Marcos em 2000; e o golaço de Alex contra o São Paulo no Torneio Rio-São Paulo de 2002

Nobre ressalta relação com Assis por fracasso com Ronaldinho:

A empolgação dos palmeirenses só aumentou logo depois, afinal os ídolos do clube foram chamados para o palco. Mazzola, Ademir da Guia, Dudu, Luis Pereira, Jorginho Putinatti, Evair e Marcos receberam muitos aplausos e uma placa como homenagem. Ouviram-se até os cantos em homenagem a dois deles: "eô eô Evair é matador" e "p... que pariu, é o melhor goleiro do Brasil, Marcos!".

Três deles discursaram: Ademir da Guia falou bonito e de forma emocionada, depois convidando Marcos para assumir o microfone. O ex-goleiro falou brevemente e brincou: "fico tímido com essas coisas. O Ademir sabe disso. Depois de velho, virou traíra". Já Mazzola continuou no bom humor, afirmando que, apesar de não ter sido campeão pelo Palmeiras, ao menos rendeu muito dinheiro ao clube: "deu pra comprar outros 23 jogadores".

Chamou atenção a ausência de César Maluco entre os ex-jogadores homenageados. Centroavante da época da Academia de Futebol, ele estava no local, mas ficou excluído, provavelmente por uma questão política: atualmente ele é conselheiro do Palmeiras e está cotado para ser o vice-presidente na cadidatura de Wlademir Pescarmonha à presidência do clube. Adversário na disputa, Nobre pode ter temido um discurso duro de César caso ele subisse no palco.

Depois das homenagens aos ídolos, aconteceu um longo intervalo, em que os convidados jantaram e ouviram música ao vivo. O encerramento da festa foi feito com brinde, bolo, "parabéns para você" e o hino do Palmeiras. A cantora Zizi Possi ainda fez um show de encerramento. Tudo foi correto e perfeitamente organizado. Mas sem Ronaldinho ou qualquer surpresa, sobrou apenas o clima de saudades e nostalgia no ar.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade