Técnico se recusa a culpar Valdivia: "Já tivemos felicidade com ele"

Aos 22 minutos do segundo tempo, quando o Palmeiras vencia e dominava o Figueirense, Valdivia teve o goleiro caído à sua frente na pequena área e abriu mão de fazer o gol, tentando tocar para Henrique e perdendo a bola. O capitão usou o lance para assumir a culpa pela derrota, mas Dorival Júnior se recusou a apontar seu jogador mais talentoso como razão para o resultado que mantém o time na zona de rebaixamento do Brasileiro.

"Futebol é coletivo, não vamos jogar em cima do Valdivia uma situação toda. Em outros momentos, tivemos felicidades com Valdivia. Não é em um momento desses que vamos jogar nas costas do profissional toda a situação da partida. Perdemos coletivamente", disse o treinador, afirmando que não foi só o camisa 10 que perdeu a chance de matar o jogo.

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"Não adianta colocar individualmente. Foi um erro nosso, coletivo, do Palmeiras, não de um determinado jogador especificamente. Não pode ser assim. Também tivemos outros momentos para o segundo gol. O ‘se’ é relativo. O Palmeiras prevalecia e, de repente, não soubemos como aproveitar. E sofremos um castigo muito grande", analisou.

Antes da graça de Valdivia, Cristaldo e Henrique perderam boas oportunidades, mas a chance mais clara foi do chileno. E o rival iniciou a virada oito minutos depois da brincadeira do meia. "Até os 30 minutos, tínhamos o jogo à feição para finalizar em qualquer instante, mas não fomos felizes para marcar o segundo gol e levamos três em cinco minutos", lamentou, negando soberba, mesmo no lance do camisa 10.

"Em momento nenhum pensamos que o jogo estava ganho. Criamos, jogamos e não deixamos o Figueirense criar, não levamos nenhum chute a gol até levarmos a virada em cinco minutos. Friamente, o Palmeiras merecia uma sorte melhor ao longo de todo o período, até levar o primeiro gol do Figueirense", repetiu.

Além da falha de Valdivia na frente, mais uma vez, um goleiro apareceu negativamente no Palmeiras. Deola errou na saída de bola e se posicionou mal no primeiro gol e, no último, como ocorreu diversas vezes na derrota por 6 a 0 para o Goiás no último domingo, espalmou a bola para dentro de seu gol. "Não teve deficiência técnica. Futebol é coletivo", continuou dizendo Dorival.