Tirone comemora primeira eleição direta no clube em novembro de 2014
Na última segunda-feira, o Palmeiras teve definida a adoção de eleições diretas para escolha de seu presidente. O projeto, aceito pelo Conselho Deliberativo de forma unânime, mudará não só a forma de escolha, mas também a data de realização do pleito: novembro - atualmente o Palmeiras vota pela escolha de seu novo mandatário em janeiro.
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"Entendo que é mais produtivo e lógico antecipar eleições para começar o ano fiscal e vigente já no primeiro dia do ano como presidente", explicou o atual mandatário, Arnaldo Tirone.
"Nossa proposta é de que o presidente eleito em 2014 tome posse no primeiro dia do ano seguinte como na Prefeitura e outros cargos políticos", acrescentou.
No dia 22 de outubro, os 191 membros presentes na reunião do início desta semana discutirão seis emendas ligadas à mudança. Luiz Gonzaga Belluzzo, ex-presidente alviverde, e Paulo Nobre, possível candidato no próximo pleito, faltaram na reunião que aprovou a mudança no formato, alegando problemas pessoais, e não participarão desta nova discussão no final do mês.
Após o segundo encontro, os sócios do clube precisam ratificar a mudança, em nova votação. Tirone, porém, não considera que isto seja um empecilho para definir o novo formato de eleições palmeirense. Mesmo que confirmada, as diretas só acontecerão no final de 2014, já que na votação a ser realizada no início do ano que vem, o atual sistema, em que apenas conselheiros participam, será mantido.
Para este pleito, Tirone fez uma proposta diferente. A ideia do atual mandatário seria comandar o clube com Mustafá Contursi, Affonso Della Mônica e Belluzzo, os ex-presidentes mais recentes do clube, entre 2013 e 2014, este o ano do centenário do clube. Ele, porém, admite ser complicada a aliança do quarteto, diante dos diferentes interesses políticos no clube.
O próprio futuro de Tirone ainda é uma incógnita. Embora o Palmeiras tenha conquistado em sua gestão o título da Copa do Brasil, o risco da equipe retornar a Série B do Brasileiro no próximo ano o faz evitar falar no assunto de tentar concorrer para seguir à frente do alviverde.
"Não estou pensando em coisas pessoais como uma reeleição. Claro que tenho o direito e gostaria de ser candidato, mas a preocupação agora é nos recuperarmos no Brasileiro. Depois, penso com calma", disse o presidente, que já foi em diversas vezes hostilizado pela torcida, assim como seu vice-presidente de futebol, Roberto Frizzo.