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Torcida pede, mas Felipão e Marcos vetam gol de goleiro

19 jun 2011 - 18h15
(atualizado às 19h01)
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A goleada do Palmeiras sobre o Avaí por pouco não ganhou um capítulo ainda mais especial para o torcedor do clube alviverde. Neste domingo, quando a equipe paulista já vencia por 4 a 0, Lincoln sofreu pênalti, e imediatamente o público presente no Estádio do Canindé clamou para que Marcos batesse a infração. Contudo, o técnico Luiz Felipe Scolari e o próprio camisa 12 minaram a festa.

"Eu não sou o batedor oficial, não teria motivo para fazer isso. Eu não faço gol, pô. Não é porque o time está goleando por 4 a 0 que faria isso com o goleiro do Avaí (Aleks), que está começando. O Rogério vai bater, mas ele é o batedor do São Paulo, aqui no Palmeiras o Kleber é o batedor oficial. Para mim, isso seria desrespeito, não teria necessidade", justificou Marcos, ainda no gramado do Canindé, após a goleada que colocou o Palmeiras na vice-liderança.

O pedido do público para que Marcos cobrasse a penalidade contagiou os jogadores palmeirenses. Batedor oficial, Kleber chamou o goleiro para executar a infração. Entretanto, o próprio jogador negou, e recebeu a ordem o técnico Luiz Felipe Scolari para permanecer na meta palestrina. Felipão acenou negativamente com a mão e vetou a chance de gol do camisa 12, que se aposentará no final do ano.

Nos vestiários, Luiz Felipe Scolari mostrou irritação com os pedidos da torcida. "Marcos bater pênalti? Quem foi o maluco que disse isso? Tem que deixar de pensar em palhaçada. Seria falta de respeito ao Avaí, que vinha se comportando bem. Por que faltaríamos com o respeito? O Marcos bater... não vai acontecer daqui a mil anos. A torcida pode gritar, mas os batedores são Kleber, Assunção e Lincoln", avisou o comandante.

Apesar de adotar um discurso de respeito pelo goleiro adversário, Marcos admitiu ter pensado em cruzar o gramado para cobrar a penalidade. "Deu uma coceirinha sim. Pô, os caras me chamaram para bater, mas não ia, de forma alguma. É um menino que está começando, tomar cinco gols já é difícil. Não é porque é moda que vou desvalorizar minha carreira se não fizer gol", afirmou, antes de deixar aberta a possibilidade de realizar em um futuro próximo o desejo do torcedor.

"Se acontecer em uma decisão por pênaltis, até bato. Com uma carga maior de responsabilidade, até bato. Hoje (domingo), iria ganhar o quê com isso? Achei melhor não fazer", concluiu Marcos, um dos maiores ídolos da história do Palmeiras.

Com informações da Gazeta Esportiva

Fonte: Terra
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