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Valdivia vê ódio na Mancha e se explica: só quis ofender Zeca Urubu

8 mar 2013 - 20h52
(atualizado em 9/3/2013 às 08h01)
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Um dia depois do ato violento de membros da Mancha Alviverde no aeroporto de Buenos Aires, em represália a um gesto obsceno de Valdivia antes do jogo contra o Tigre, o chileno pediu voz no Palmeiras para se defender. Nesta sexta-feira, ele reforçou que seu comportamento foi uma resposta a só um torcedor - e não à torcida em geral - que o ofendeu durante o aquecimento.

"Cometi um erro ao responder a esse torcedor. Outros torcedores que estavam lá acharam que foi generalizado, mas quero deixar bem claro que não é contra a torcida Mancha Verde", falou o meia, ao confirmar que o torcedor em questão é Zeca Urubu, membro da torcida organizada que já trocou agressões com o volante João Vitor e o lateral direito Fabinho Capixaba.

"Chamam de Zeca. É o mesmo que brigou com o Fabinho Capixaba e veio na frente do CT falar que eu estava em uma banheira de motel com duas mulheres. Não sei, acho que é pessoal. Acho. Tem que saber qual o problema dele, porque foi o único. Assim que pisei no campo, já começou a xingar", acrescentou.

"Tomara que entre eles mesmos da Mancha seja falado. Eles protegem e apoiam o Palmeiras, nós somos jogadores e estamos dando a vida e a cara pelo Palmeiras. Também não sei se é toda a Mancha Verde que tem raiva de mim", continuou o jogador, que não quer tomar ações legais mesmo contra Zeca Urubu porque nunca brigou com ele "no nível de soco"."A melhor resposta que o torcedor quer é em campo, com o jogador se focando absolutamente, 100% até nos treinos. O torcedor fica bravo quando o jogador perde o jogo e vai para balada. Levo isso mais em consideração do que tomar uma ação legal, até porque todos temos um torcedor dentro de nós e sabemos como é", afirmou.

A relação entre o chileno e a torcida uniformizada não é boa de longa data. Antes da partida, ele foi chamado de baladeiro e bêbado, entre outros xingamentos com palavrões. Como resposta, colocou a mão em seu órgão genital e apontou com o dedo diretamente para Zeca Urubu.

Apesar de a resposta ter sido direcionada a uma pessoa em particular, os demais membros da Mancha presentes no estádio foram atrás do camisa 10 ao topar com a delegação da equipe no aeroporto. Na tentativa de atingi-lo, uma xícara arremessada em sua direção acertou Fernando Prass. O goleiro levou três pontos para conter o sangramento.

"Fiquei muito assustado mesmo porque vi muito ódio nesses torcedores e acredito que foi por causa do que aconteceu no dia anterior. Até hoje estou muito triste pelo que aconteceu. Espero que essa (entrevista) coletiva sirva para entender mais tudo o que aconteceu e, daqui para frente, falar do Palmeiras pelo que faz dentro do campo", reforçou Valdivia.

Antes de dar a entrevista, que ele mesmo diz ter solicitado ao Palmeiras, o meia ficou um bom tempo ouvindo dicas de seu assessor de imprensa pessoal. Ele escolheu cada palavra que usou nesta sexta-feira, e não se esqueceu de quem ainda o apoia. "Para os outros torcedores, falo que estou firme e forte aqui e vou continuar nessa pegada", prometeu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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