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Xingado, Oswaldo vê apoio da torcida sumir antes de clássico

27 mai 2015 - 23h59
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Oswaldo de Oliveira convocou uma entrevista incomum no meio da semana para assumir a responsabilidade pelos recentes maus resultados do Palmeiras na temporada. E nesta quarta-feira ele ganhou mais um para ver a pressão da torcida sobre si aumentar: empate por 0 a 0 contra o ASA, no Allianz Parque, no jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. A atuação nada empolgante da equipe causou a ira das arquibancadas, e ela foi direcionada principalmente ao treinador, alvo de muitos palavrões no final do duelo. A paciência com o trabalho de cinco meses já acabou.

Oswaldo de Oliveira foi alvo de xingamentos e vaias da maioria da torcida no Allianz Parque
Oswaldo de Oliveira foi alvo de xingamentos e vaias da maioria da torcida no Allianz Parque
Foto: Marcos Bezerra / Futura Press

Depois de duas boas chegadas nos primeiros minutos, em uma finalização fraca de Cristaldo e uma cabeçada de Alan Patrick, o Palmeiras parou de criar. Passou a rondar a área do ASA, que se fechava em uma retranca com dez atletas atrás da linha da bola, mas sem construir chances claras contra o goleiro Pedro Henrique. O primeiro tempo passou de forma monótona, e foi ainda mais sonolento pelo silêncio das organizadas em protesto contra o preço elevado dos ingressos. Oswaldo assistiu a tudo de pé na beirada do campo.

Quando chegou o intervalo, porém, a paciência acabou de vez. Muitas vaias, xingamentos e algumas ofensas direcionadas diretamente ao técnico alviverde, visto como responsável pelas poucas oportunidades de gol criadas; uma parte da torcida chegou a puxar um coro de "ei, Oswaldo, vai tomar no c...", mas o grito não foi seguido pela maioria. Apesar do desempenho abaixo da média e da insatisfação no Allianz Parque, o Palmeiras não mexeu para o segundo tempo.

Alan Patrick lamenta uma das várias chances desperdiçadas pelo Palmeiras. Culpa do técnico?
Alan Patrick lamenta uma das várias chances desperdiçadas pelo Palmeiras. Culpa do técnico?
Foto: Leonardo Benassatto / Futura Press

Foi já no início da segunda etapa que os primeiros gritos de "burro" começaram, ainda tímidos. Na primeira substituição, Alan Patrick foi o vaiado enquanto deixava o campo para a entrada de Zé Roberto. Mas quando Oswaldo optou por trocar Cristaldo por Leandro Pereira no comando do ataque, as reclamações contra o treinador subiram de volume, com mais ofensas contra o intelecto do treinador e vários pedidos por Cleiton Xavier.

Nem mesmo quando Oswaldo atendeu aos pedidos dos torcedores conseguiu escapar das vaias. Ele colocou Cleiton Xavier aos 28min, mas tirou Arouca, um dos preferidos da torcida. Desta vez, o coro de "burro" foi entoado por parte mais significativa dos 17 mil presentes no Allianz Parque. Cada vez mais afobado para tentar chegar à frente, o Palmeiras até criou mais algumas chances no segundo tempo, mas novamente falhou feio na hora da definição. Culpa de Oswaldo?

Para quem vai ao estádio ver o time empatar por 0 a 0 com um adversário que joga a Série C, pouco importa. A frustração do torcedor foi personificada em Oswaldo, e com o apito final, as vaias e os palavrões contra o comandante vieram em volume maior do que nunca, de todos os cantos do estádio. Mesmo com apenas cinco meses de trabalho e um elenco quase inteiro novo, o treinador não tem mais apoio de grande parte dos palmeirenses. E com um clássico contra o Corinthians à espera no fim de semana, resta saber se ele seguirá com o apoio do palmeirense que mais importa – no caso, o presidente Paulo Nobre.

Fonte: Terra
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