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Alisson deve ser mais um a trocar Paraná pelo Atlético-PR

Com 20 anos, o zagueiro é alvo do rival rubro-negro; Atlético-PR já levou dois neste ano

20 nov 2014 - 12h35
(atualizado às 13h54)
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Revelação paranista não fica no clube em 2015
Revelação paranista não fica no clube em 2015
Foto: Paraná Clube / Divulgação

Com o Paraná garantido na Série B, após a vitória por 2 a 1 contra o Icasa, em Juazeiro do Norte, os jogadores paranistas já começam a planejar a próxima temporada. Com quatro meses de salários atrasados, a permanência fica cada vez mais difícil. Alisson, revelação do ano, deve sair para o rival Atlético-PR.

O ala Chiquinho e o meio-campista Thiago Humberto foram os primeiros a rescindir contrato, em comum acordo com a diretoria tricolor, na quarta-feira. Essa é a tendência daqui pra frente pelos lados da Vila Capanema, com a direção de futebol tentando evitar rusgas na rescisão dos jogadores.

Outro atleta que está com tom de despedida é o zagueiro Alisson, revelado nas categorias de base do clube. Com 20 anos, o defensor se destacou neste ano. Na Série B, conquistou a titularidade com Claudinei Oliveira e seguiu tendo moral na vinda do técnico Ricardinho. Ao todo, realizou 22 jogos com a camisa azul, vermelha e branca neste Campeonato Brasileiro.

Suas boas atuações fizeram despertar interesse de outros clubes e de grupo de investidores. O Paraná, atualmente, possui 50% de seu passe e a multa rescisória é de R$ 4 milhões, com mais dois anos de contrato. Entretanto, pela (enorme) falta de pagamento, o zagueiro já poderia ter saído através da Justiça.

Diretoria e elenco têm um “acordo de vestiário”, que consiste em evitar a saída por meio judicial e, caso haja proposta, levar aos dirigentes que prometem não colocar empecilhos em uma possível negociação. Foi assim, por exemplo, com o técnico Claudinei Oliveira e o zagueiro Gustavo, que trocaram o Paraná pelo Atlético-PR.

E esse caminho também deve ser do zagueiro paranista, que é visto pela diretoria rubro-negra há mais de um mês e foi indicado pelo treinador, que acaba de renovar contrato por mais um ano e nega a indicação. A ideia é fazer um contrato de quatro anos. Inclusive, apesar da não confirmação, a base salarial já foi acertada entre as partes.

“Existiu uma sondagem sim, mas nada concreto ainda”, despistou Miguel Kaluf, empresário do jogador. Questionado sobre a possibilidade de sair de graça, o agente não descartou a hipótese, mas prefere de outra forma. “Sair pela porta da frente sempre. Nem quero pensar nessa possibilidade, mas tudo é possível”, completou Kaluf.

Confira o desabafo de Alisson em uma rede social:

“Quando cheguei ao Paraná Clube em 2008, trouxe comigo a bagagem de um menino cheio de sonhos e incertezas, pois foi esse clube que me acolheu e acreditou em mim, me trazendo ao mundo do futebol. Foi aqui que comecei a minha carreira, foi aqui que tive vitórias e decepções que só me fizeram crescer.

O Paraná Clube é um time grande, bem estruturado, que dá chances para quem está correndo atrás do sonho de ser jogador de futebol. Fora a grandeza do clube e suas conquistas, o que me enche ainda mais de orgulho é a sua fiel torcida, sempre presente, sempre nos dando apoio e motivação. Foi neste ano e neste clube que tive a chance de mostrar meu trabalho e iniciei minha carreira no futebol profissional. A alegria da torcida no meu primeiro gol jamais sairá da minha memória. Foi um dos pontos mais altos da minha trajetória até aqui.

Eu tenho orgulho em participar desse grupo, que foi um grupo de grandes homens que honraram a camisa paranista. Mas como disse, o Paraná Clube é um time grande, e não pode ficar com 4 meses de salário atrasado, que é a condição de muitos jogadores aqui. Valorizem os profissionais do Paraná que trabalharam com 6 meses de salário atrasado. Profissionais com família, mas que mesmo com todos esses problemas, ficaram aqui, pois amam e acreditam no clube.

Paraná Clube continua na série B, muitos erros desnecessários atrapalharam nossa campanha nos pontos corridos. Sim, tivemos muita garra, lutamos o tempo todo, sofremos junto com a torcida quando o azar “batia na nossa porta”, cito aqui bolas que não entravam e gols que levávamos ao final do jogo, mas mesmo assim, seguimos em frente, acreditando na nossa garra de vencer.

Não jogo mais neste ano de 2014, mas espero que no ano que vem as coisas melhorem para que o Paraná Clube volte ao seu devido lugar, que é a série A.”

Fonte: PGTM Comunicação - Especial para o Terra PGTM Comunicação - Especial para o Terra
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