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Caixa sinaliza a times do PR que vai reavaliar patrocínios
Em Curitiba, Paraná não conta com renovação; dupla Atletiba ainda tem esperança
A Caixa Econômica Federal (CEF) está investindo forte nos clubes do futebol brasileiro há dois anos. Entre as Séries A, B e C, o banco desbancava aproximadamente R$ 100 milhões até abril e agora chega a R$ 122 milhões para uma quinzena de times, mas o investimento pode cair. No final de setembro, por exemplo, os três times de Curitiba foram sinalizados com uma possível perda do patrocínio.
O Paraná tem o contrato encerrado em janeiro e já não conta com a renovação, após ficar quase dois anos negociando com o banco. Aliás, com as Certidões Negativas de Débitos (CND´s) atrasadas, o clube paranista não consegue receber o valor há meses e, assim, tem dificuldades para os pagamentos salariais, tendo que adiantar parte da cota de televisão de 2015.
A dupla Atletiba, entretanto, ainda tem esperança na continuidade do patrocínio, mas começa a trabalhar com outras hipóteses dentro do departamento de marketing de cada uma. Como conseguiram continuar na Série A, os dois clubes aguardam uma nova posição. O Atlético-PR tem vínculo até junho e o Coritiba em maio. No caso alviverde, o presidente Vilson Ribeiro de Andrade, candidato à reeleição, mostra a incerteza de continuidade ao colocar a renovação com o banco como uma promessa de campanha.
"O plano de marketing esportivo da empresa está em elaboração, não sendo possível, no momento, declarações ou comentários em vista do seu teor estratégico", explicou a Caixa em nota enviada ao Terra nesta quarta-feira.
Além do trio de Curitiba, a Caixa se firma totalmente como maior patrocinadora do mercado brasileiro. Desde 2012, quando começou a investir em quatro clubes (Atlético-PR, Figueirense, Avaí e Corinthians), a Caixa percebeu que caberia um bom retorno. Assim, no ano seguinte, aumentou o suporte para 10 equipes. Atualmente, a CEF banca como patrocinadora máster na camisa de 15 clubes, sendo oito da elite do futebol brasileiro, cinco da divisão abaixo e dois da Série C. Essa atualização ainda não conta os acessos e rebaixamentos das divisões do Campeonato Brasileiro deste ano.
Mas a tendência é de que esse número caia em 2015 e fique restrito apenas aos times da Série A – o CRB é o único com vínculo até 2016. Isso se deve ao fato da incerteza de continuidade desta diretriz, já que a reeleita presidente Dilma Roussef mudou sua equipe econômica, nomeada na semana passada. As novas medidas, como mudanças nos comandos de empresas públicas, ainda não foram divulgadas.
Confira valores e tempo de contrato de cada um:
ABC-RN - R$ 2 milhões/abril de 2015
América-RN - R$ 2 milhões/abril de 2015
ASA-AL - R$ 500 mil/maio de 2015
Atlético-GO - R$ 2,4 milhões/maio de 2014 (negocia renovação)
Atlético-PR - R$ 6 milhões/junho de 2015
Chapecoense-SC - R$ 4 milhões/abril de 2015
CRB-AL - R$ 500 mil/agosto de 2016
Corinthians - R$ 30 milhões/janeiro de 2015 (negocia renovação)
Coritiba - R$ 6 milhões/maio de 2015
Figueirense - R$ 4,5 milhões/março de 2015
Flamengo - R$ 25 milhões/maio de 2015
Paraná Clube - R$ 2 milhões/janeiro de 2015
Sport - R$ 6 milhões/julho de 2015
Vasco - R$ 15 milhões/agosto de 2014 (negocia renovação)
Vitória - R$ 6 milhões/julho de 2015
