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Em crise histórica, paranistas falam em reação e Claudinei vê dificuldades

15 jul 2014 - 22h59
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A torcida do Paraná Clube esperou pouco mais de um mês esperançosa por ver o time dando seus primeiros passos para sair da zona de rebaixamento da Série B do Campeonato Brasileiro. Mas, após a derrota por 1 a 0 para o América Mineiro, no Estádio Independência, o Tricolor conseguiu se afundar ainda mais. Com nove pontos, na 19ª colocação, o risco de queda e de agravamento dos problemas financeiros é eminente na maior crise nos 25 anos de existência do clube.

Apesar de alguns momentos de lampejo de bom futebol, o time paranista voltou a falhar e, em uma jogada manjada de bola parada, aos 43 minutos do segundo tempo, perdeu um ponto importante na briga. O atacante Giancarlo, que desta vez não bancou as redes, agora já pensa no jogo de seis pontos diante da Portuguesa, sexta-feira, em São Paulo. "Perdi alguns gols que não estou acostumado. Tivemos uma compactação boa, mas eles, na bola aérea, fizeram o gol. Tivemos algumas coisas boas. Agora, é buscar uma vitória lá", projetou.

Um dos poucos experientes do time, o meia Lúcio Flávio mostrou preocupação com a perda de pontos em um momento crucial e também espera uma reação imediata. "É péssimo. Para nós o que interessa são os resultados. Tivemos uma boa produção mas, como já ocorreu em outro jogos, tomamos um gol de bola parada. Esse resultado não nos serve e precisamos mudar rapidamente essa história", disse o capitão paranista.

História que, no momento, se explica pela crise financeira. Sem ninguém da diretoria em Minas, coube ao técnico Claudinei Oliveira falar sobre a situação. Sobrou até para a patrocinador master do clube, a Caixa, que não estaria repassando as verbas por falta de documentação em dia do Tricolor. "Esse dinheiro é complicado, tem toda exigência de documentos, certidão negativa de débitos. Talvez porque seja um time pequeno. Não sei se pedem o mesmo para o Flamengo", ironizou.

A situação é tão preocupante que mais uma vez maior torcida organizada do Tricolor, a Fúria Independente, se mobilizou para dar uma ajuda de custo ao clube. Todos os royalties pagos pela utilização da marca da torcida serão repassados ao Paraná. Em 2013, a mesma torcida chegou a doar um cheque de R$ 100 mil para fazer sua parte na luta conta a crise financeira crônica.

Sobre a partida, o treinador gostou da evolução, ma lamentou um gol tomado de bola parada e a falta de opções para evitar essa jogada. "Mais do que conquistar o ponto, propusemos uma mudança de postura, mais agrupados. Mas a bola parada, e nós falamos, é a principal jogada do América. A entrada do João (Antônio), com a falta de entrosamento com o Alisson, acabou dando espaço. Criamos chances de gols, dividimos a posse de bola. Acabamos sofrendo o gol de bola parada. Temos um time baixo e vamos sofrer com isso durante a competição", previu.

Resignado em relação a chegada de reforços, Claudinei avisou que as dificuldades continuarão pelo restante da competição e, a solução se existir, partirá do atual grupo. "Não temos um elenco como tem as outras equipes. Temos jogadores jovens. Temos qualidade, mas falta o peso de entrar em um jogo decisivo. Durante a parada ainda perdemos jogadores com experiência. É complicado. Mas é o que a gente tem", concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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