Liminar da Prefeitura suspende leilão de estádio do Paraná

Apesar do mau momento na Série B, próximo da zona de rebaixamento após perder para o Oeste e com provável mudança de técnico, o Paraná teve uma notícia para comemorar. O leilão da Vila Olímpica foi suspenso nesta semana por um mandado de segurança por pedido da Prefeitura de Curitiba.

O estádio tricolor foi arrematado, no dia 11 de junho, pelo grupo Seagull Incoroprações e Participações Ltda, por R$ 11,65 milhões – metade do valor do local, avaliado em R$ 23,2 milhões. Dívidas trabalhistas, em nove ações no montante de R$ 1,6 milhão, resultaram na venda mês passado.

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O espaço de 66 mil metros quadrados, entretanto, voltou a pertencer ao clube paranaense. Pelo menos por enquanto. A liminar concedida pelo juiz Cassio Colombo Filho, da 19.ª Vara do Trabalho, se baseia na lei municipal 8.563, de 1994, que coloca o Estádio Erton Coelho Queiroz como inalienável. A sanção foi feita pelo prefeito Rafael Greca, na época.

Esse foi justamente o argumento paranista para tentar evitar que o local fosse levado a leilão um dia antes, mas foi negado pela Justiça do Trabalho por não ter “amparo legal”. A mudança na legislação municipal foi pedida pelo Paraná em 1998, trocando o terreno do Britânia, na Avenida das Torres, que viria a ser negociado com o hipermercado BIG, para a Vila Olímpica.

Com a decisão, a venda do estádio foi suspensa até o julgamento do mérito. A data para isso ainda não está definida, mas deve acontecer somente no final deste ano. Tempo que o departamento jurídico tricolor considera mais que suficiente para não perder o patrimônio – como aconteceu com a sub-sede do Tarumã, em 2013, por R$ 30 milhões.

Terreno do Pinheiros, time que originou o Paraná na fusão com o Colorado, o espaço foi adquirido em 1975 e foi inaugurado oficialmente somente em 1983. No estádio, a equipe paranista conquistou os títulos estaduais de 1994 e 1997.

Após 13 anos abandonado, o lugar teve uma breve reforma a pedido do então técnico Ricardinho, em 2012, que queria os treinos do time principal por lá – algo que mudou em 2014 na ida para o CT Racco. A última partida da Vila Olímpica aconteceu em 2013 e, atualmente, serve para jogos das categorias de base.