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Números do Paraná na Vila Capanema são frustrantes
A eliminação no Campeonato Paranaense trouxe de volta à tona um assunto polêmico no Paraná: o péssimo desempenho na Vila Capanema. No dia 20 de setembro de 2006 o clube voltou a mandar seus jogos no local, que passou por uma revitalização. A expectativa era que no histórico Durival Brito e Silva, que recebeu jogos da Copa do Mundo de 1950, a equipe paranista conseguisse números expressivos, já que até ali as campanhas como mandante nos Campeonatos Brasileiros eram consideradas boas. No entanto, o feitiço virou contra o feiticeiro. O time não conseguiu se impôr no próprio território, especialmente em duelos importantes e decisivos.
O que desencadeou o assunto foi o tropeço do Paraná por 2 a 0 pelo Atlético-PR na Vila Capanema. A derrota culminou com a eliminação paranista no Campeonato Paranaense. Mais do que o sabor amargo, ficou a sensação de um vexame histórico, já que os atleticanos atuaram com o time Sub-23 e os paranistas tinham a vantagem de jogar em casa, com torcida única e com o direito de empatar.
No entanto, isso não é novidade nenhuma para o Paraná dentro da Vila Capanema. Desde que retornou ao estádio, a equipe paranista disputou 234 jogos e obteve 121 vitórias, 56 empates e 57 derrotas. O aproveitamento já não é grande coisa, mas chama mais a atenção a queda em clássicos e em partidas decisivas.
De 2006 para cá o Paraná mandou 17 jogos contra Atlético-PR e Coritiba no local e obteve apenas três vitórias (ocorreram cinco empates e nove tropeços). A única final disputada até então foi em 2007, no Estadual, contra o Paranavaí. Os donos da casa precisavam de uma vitória para ficarem com o título, mas não saíram do 0 a 0 e viram a equipe do interior levantar a taça.
Além disso, outros tropeços históricos em casa em 2007 foram cruciais para o rebaixamento no Campeonato Brasileiro daquele ano: contra o América-RN, que obteve apenas quatro vitórias em 38 rodadas naquela competição, e diante do Santos, na penúltima rodada, quando o time vencia por 2 a 0 até os 30 minutos do segundo tempo, mas permitiu a virada.
Mas o maior vexame de todos ocorreu em 2011, quando o Paraná empatou por 2 a 2 com o Arapongas, na Vila Capanema, e foi rebaixado para a Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense.
Em 2013, quando o clube quase retornou à elite do futebol nacional, tropeços em casa prejudicaram a campanha. O caso mais nítido foi o empate por 1 a 1 com o Atlético-GO, que chegou a igualdade nos últimos segundos daquela partida. O técnico Dado Cavalcanti, que dirigia a equipe, chegou a admitir que o sonho do acesso acabou moralmente naquela ocasião.
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