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Campeonato Paranaense

Rubens Bohlen não cede, e segue como presidente do Paraná

Mandatário paranista não apresentou nenhuma solução para a crise financeira

10 mar 2015 - 22h36
(atualizado às 22h57)
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<p>Presidente do Paraná, com a permanência, vai ter que administrar o clube sozinho</p>
Presidente do Paraná, com a permanência, vai ter que administrar o clube sozinho
Foto: Paraná Clube / Divulgação

Em reunião realizada na sede social da Kennedy, o presidente Rubens Bohlen não renunciou ao cargo no Paraná Clube. O mandatário paranista manteve sua postura de cumprir o mandato até o final de dezembro e, mesmo com os pedidos, decidiu seguir na presidência.

A pressão do Conselho Consultivo foi grande. Durante o encontro, que durou quase quatro horas, ex-presidentes do clube, Conselho Deliberativo e Fiscal (permanentes), além de dez membros indicados e os dois vice-presidentes, insistiram que o aporte oferecido em troca da saída do atual presidente era o único caminho a ser seguido.

Bohlen, por outro lado, afirmou que aceitaria a ajuda de R$ 4 milhões do grupo “Paranistas do Bem” na temporada sem a exigência de renúncia. O movimento ainda tentou, novamente, a composição com a saída do presidente do cargo, mas ainda presente no dia a dia. Nada feito.

A resistência desagradou aos presentes. O sentimento na saída da reunião foi de claro desânimo. Carlos Werner e Leonardo Oliveira, que renunciaram a administração do CT Ninho da Gralha no início da semana passada, ficaram preocupados com a postura do dirigente. "Desejo sucesso", limitou Werner.

O temor é de uma possível queda para a Série C, que é passível de forçar o clube a fechar as portas. Ainda mais com o novo regulamento divulgado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para o Campeonato Brasileiro. Nele está o “Fair Play Trabalhista”, que pune o clube que atrasar salário no ano durante a competição. A denúncia pode ser feita pelo jogador, que também pode tentar "se esconder" ao indicar um advogado ou denunciar ao Superior Tribunal de Justiça Brasileira (STJD) através do sindicato dos jogadores. A dívida deve ser de, pelo menos, um mês e se for comprovada, o time terá 15 dias para o pagamento. Caso contrário, perde três pontos cada vez que entrar em campo. Vale lembrar que o clube, atualmente, deve bastante: outubro, novembro, dezembro, 13º salário, férias, janeiro e fevereiro.

Mesmo com o grupo prometendo o pagamento em dia com R$ 400 mil mensais até o final da Série B, o presidente paranista chamou a responsabilidade. Por outro lado, Bohlen não apresentou nenhuma solução concreta. O dirigente repetiu o discurso de meses atrás de que está em negociação para conseguir recursos suficientes para tocar o Paraná até o fim do ano.

A esperança da “oposição” é que o desgaste, aliado ao isolamento total na alta cúpula, faça com que Bohlen não suporte a pressão até o final do Campeonato Paranaense. “O presidente, ao não aceitar a proposta do grupo, assumiu um compromisso pessoal de trazer soluções aos graves problemas que o clube enfrenta”, afirmou Benedito Barboza, presidente do Conselho Consultivo 

Fonte: PGTM Comunicação - Especial para o Terra PGTM Comunicação - Especial para o Terra
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