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Héverton diz que se sentiu covarde e vê Portuguesa "amadora"
Em entrevista ao canal SporTV, o meia Héverton explicou sua desistência na decisão de abandonar a carreira aos 28 anos - que, segundo ele, foi apenas parcialmente tomada. O jogador, atualmente no Paysandu, afirmou que se sentiu "covarde" ao pensar em se aposentar para fugir da exposição negativa trazida pelo caso que culminou no rebaixamento da Portuguesa, no ano passado, quando ele foi escalado de forma irregular no Campeonato Brasileiro e causou a perda de quatro pontos do time rubro-verde.
"Na verdade o que me fez pensar em voltar atrás foi minha família, meus amigos, as pessoas próximas a mim, que torcem pelo meu bem. A minha carreira é longa ainda, tenho muita coisa pela frente, muitos obstáculos. Me senti até um covarde fazendo isso. A torcida do Paysandu é uma torcida calorosa e fanática pelo clube, e estão me dando um apoio que eu nem merecia, porque é uma coisa particular, do clube anterior. A decisão não chegou a ser tomada 100%, foi um equívoco, mas vou continuar", afirmou o atleta.
Quem anunciou a aposentadoria de Héverton foi o gerente de futebol do Paysandu, Sérgio Papelin, na segunda-feira. Depois, o jogador afirmou que se tratou de um mal-entendido. "Não estava acostumado a lidar com pressões, inquéritos policiais, isso foi o fim para mim. Passei a ver o futebol de forma diferente. Quando o extracampo entra no futebol, muda tudo. A gente sente tudo isso, até procurei ajuda de psicólogo, mas não posso largar nesse momento da minha vida, em que pessoas dependem de mim também".
O atleta, que ficou por cinco temporadas na Portuguesa, não acredita que alguma pessoa do clube paulista tenha recebido dinheiro para deixar de passar a informação de que ele estava suspenso na última rodada do Brasileiro. Na opinião de Héverton, todo o caso aconteceu por falha de informação e amadorismo do time do Canindé.
"Vou falar do fundo do meu coração o que eu acho. Acho que faltou mesmo foi o profissionalismo, eu conheço muito bem como funciona lá. Quero acreditar que foi uma coisa que ninguém falou, por inexperiência, falta de comando naquele momento. Minha opinião é que foi falta de informação ou até um amadorismo", declarou.
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