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Pistorius matou namorada através da porta do banheiro, diz promotor

19 fev 2013 - 07h25
(atualizado às 07h29)
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O corredor paralímpico Oscar Pistorius colocou suas próteses nas pernas e caminhou pelo quarto antes de disparar quatro tiros através da porta trancada do banheiro, matando sua namorada a sangue frio, disse a promotoria numa audiência do caso, nesta terça-feira.

A modelo Reeva Steenkamp morreu após ser atingida três vezes, disse o promotor Gerrie Nel.

Pistorius chorou descontroladamente na corta enquanto Nel apontava os detalhes do crime que chocou a África do Sul e milhões de pessoas ao redor do mundo, que viram o atleta biamputado se tornar um herói nas pistas de atletismo e um símbolo da luta contra as adversidades.

O funeral de Steenkamp também aconteceu nesta terça-feira na cidade de Port Elizabeth, onde houve protestos contra Pistorius.

O advogado de defesa Barry Roux contestou a acusação de assassinato, afirmando que os fatos em torno dos tiros disparados na madrugada de quinta-feira não estão claros.

"Tudo o que realmente sabemos é que ela se trancou atrás da porta do banheiro e que foi atingida por tiros", disse ele à corte lotada em Pretória.

No entanto, Nel, responsável pela acusação na audiência, descreveu um quadro de homicídio premeditado -- crime que pode ter como pena a prisão perpétua na África do Sul.

"Se eu pego uma arma, caminho uma certa distância e mato uma pessoa, isso é premeditado", disse. "A porta está fechada. Não há dúvida. Eu ando sete metros e mato."

"O motivo é: 'eu quero matar'. É isso", acrescentou.

A prisão do velocista olímpico e paralímpico, de 26 anos, foi um choque para milhões de pessoas que viram Pistorius disputando a semifinal dos 400 metros rasos nos Jogos Olímpicos de Londres, correndo com próteses de fibra de carbono.

As primeiras informações davam conta de que Pistorius teria matada Steenkamp por engano por tê-la confundido com um invasor -- essa foi a versão que Pistorius contou a sua irmã logo após o incidente, segundo Nel.

(Reportagem adicional de Helen Nyambura, em Port Elizabeth, e Jon Herskovitz)

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