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Lateral suspenso cria brecha em sistema da Ponte e vira ameaça para final

5 dez 2013 - 08h10
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Na visão do técnico Jorginho, a final da Copa Sul-Americana entre Ponte Preta e Lanús nada mais é do que o embate de duas equipes que jogam de forma conservadora, correndo poucos riscos e com lados ofensivos pouco ousados. O empate por 1 a 1 no Pacaembu, na partida de ida, na noite de quarta-feira, deixou o time brasileiro com boas chances de levar a melhor nessa disputa, já que vai à Argentina como franco-atirador. No entanto, há um fator ameaçando esse cenário: a suspensão do lateral esquerdo Uendel.

<p>Defesa da Ponte Preta será a chave para partida de volta da final</p>
Defesa da Ponte Preta será a chave para partida de volta da final
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

O jogador tomou cartão amarelo por falta em Ayala, aos 44min do segundo tempo. Com a terceira punição, estará suspenso para o confronto decisivo, o que cria um problema na Ponte Preta: Uendel é o único jogador para a posição. Por ser uma final, Jorginho descartou buscar um substituto nas categorias de base e também se nega a mudar a forma da equipe atuar. O jeito será improvisar um atleta – possivelmente o atacante Chiquinho. E é essa a brecha no sistema ponte-pretano que o Lanús poderá aproveitar.

Isso porque a campanha da Ponte é calcada em sua posição de franco-atirador: defende-se muito bem e busca, nos contra-ataques, matar as partidas. Foi assim contra Velez Sarsfield, nas quartas de final, e contra o São Paulo, na semifinal. O Lanús, por sua vez, joga com três atacantes e costuma esticar as bolas para o ataque, com longos lançamentos. Qualquer desatenção pode resultar em bola enfiada nas costas do lateral, algo que já incomodou a Ponte na partida de ida.

No Pacaembu, o sistema ponte-pretano quase sofreu um colapso ao ver o Lanús sair na frente aos 12min do primeiro tempo. O time precisou se atirar ao ataque até conseguir o empate. Como na final gol fora de casa não é critério de desempate, o time vai confiante para o jogo de volta, em Buenos Aires. Jorginho acredita que, diante de sua torcida, a equipe argentina não terá como se segurar no campo de defesa.

“Temos uma característica e uma forma de jogar que eles conhecem muito bem. Vamos jogar fechadinhos esperando a bola do jogo. E eles vão ter que sair para o ataque, como tivemos que fazer hoje (quarta-feira) porque precisávamos do resultado. Vamos fechadinhos sabendo que uma bola pode decidir o jogo”, afirmou Jorginho, antecipando e confirmando a retranca. “Lá (na Argentina) eles vão sofrer o que nós sofremos aqui (São Paulo)”, resumiu o treinador da Ponte Preta.

Sucesso como visitante anima campineiros

<p>Jorginho espera vencer primeiro grande título da história da Ponte Preta</p>
Jorginho espera vencer primeiro grande título da história da Ponte Preta
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra

“Fora de casa parece que a gente se sente mais à vontade”, afirmou Fellipe Bastos, autor do gol salvador no Pacaembu. O sucesso da campanha ponte-pretana se resume aos jogos fora de casa. Como visitante, fez 2 a 0 no Criciúma (segunda fase) e no Velez Sarsfield (quartas de final), além de 3 a 1 no São Paulo (semifinal). Só contra o Deportivo Pasto, nas oitavas, o time se garantiu por seu desempenho dentro de casa.

“A gente já surpreendeu grandes equipes fora de casa, então podemos surpreender lá também. A gente sabe das nossas limitações e das nossas qualidades. Temos que marcar forte e sair rápido para o contra-ataque. Quando fizemos isso fora de casa, deu certo. Agora vamos fazer de novo, sem mudar nada. Eles vão ter que sair para o jogo. Aí é a nossa hora de manter a tranquilidade e tentar matar o jogo”, explicou Fellipe Bastos.

Apesar da ausência de Uendle, a confiança na chance de título é quase máxima – segundo Fellipe, o elenco sequer comenta sobre uma possível derrota. “Agora é ir para a Argentina bem concentradinhos, bem postados, defender bem e sair no contra-ataque para tentar achar o gol”, analisou, antes de dar um aviso importante. “E vai ser difícil furar nossa defesa”.

Fonte: Terra
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