Roberto dispara contra racistas: "escória da sociedade"
Roberto na sala de imprensa é quase sempre sinônimo de polêmica. E na última segunda-feira não foi diferente. Sem papas na língua e com uma banana em mãos, o goleiro da Ponte Ponte não poupou críticas as pessoas racistas ao ser questionado sobre o que aconteceu com o lateral-direito Daniel Alves no final de semana em um jogo entre Barcelona e Villarreal, na Espanha.
"Costumo dizer que existem pessoas que pensam com a bunda e sentam com a cabeça. E os racistas são assim. Eles são a escória da sociedade, o que tem de mais podre das pessoas, julgando os outros por cor, religião ou opção sexual. Quem não está feliz consigo tenta diminuir o outro. Isso é coisa de pessoa fraca", afirmou Roberto.
O goleiro alvinegro disse ter passado por uma situação semelhante quando ainda atuava nas categorias de base do Criciúma e contou uma atitude inusitada tomada pelos dois times diante dessa situação.
"Em uma partida quando eu era júnior, o árbitro era nego e um jogador do outro time foi reclamar, chamando-o de macaco. O árbitro até iria expulsar, mas dissemos que aquilo seria resolvido dentro de campo. Chamei o capitão do adversário e falei que não era mais para tocar a bola para ele. E isso aconteceu até o jogador pedir substituição", finalizou o goleiro alvinegro.
Vale lembrar que no ano passado, quando a Ponte Preta eliminou o Vélez Sarsfield, no José Amalfitani, pelas quartas de finais da Copa Sul-Americana, os torcedores argentinos imitaram "macacos", mas ficaram calados quando a torcida alvinegra aumentou o coro, fazendo "uh, uh, uh".
A Ponte passou a ser chamada de Macaca na década de 30 e rapidamente adotou o apelido, assim como seus torcedores. Na última segunda-feira, clube soltou uma nota em seu site oficial com o título: "Aqui nos orgulhamos disso há quase cem anos: #SomosTodosMacacos".