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Espantada com ação no feriado, Lusa não teme punição por abandono

21 abr 2014 - 17h51
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Depois de ver a Portuguesa abandonar o duelo contra o Joinville, pela primeira rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, por causa de uma liminar que colocaria o clube do Canindé na primeira divisão, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) não demorou a agir e conseguiu cassar o parecer favorável ao time rubro-verde no sábado. A agilidade da Justiça para atender a entidade responsável por cuida do futebol brasileiro espantou o vice-jurídico da Lusa.

De acordo com o advogado José Luiz Ferreira de Almeida, o modo como o caso foi julgado no sábado, no meio de um feriado prolongado, causa espanto. O representante da Portuguesa discorda do discurso adotado pelo CBF, que disse não ter conhecimento do processo antes. Para o jurista, que recebeu a reportagem da Gazeta Esportiva nesta segunda-feira, a ação da entidade no sábado prova que a liminar favorável ao clube do Canindé tinha validade e poderia causar um transtorno ainda maior com a rodada completa no domingo.

"Do jeito que a CBF fala, a Portuguesa teria que ter levado um oficial de justiça para a CBF tomar conhecimento do processo, mas a CBF sabia desde o dia 11 (de abril). O escritório entrou com uma petição no dia 11, então ela sabia. Na quinta-feira, pedimos para adiar a partida, mas eles não fizeram. Então, correram atrás no sábado, foram a Brasília, e, com uma serenidade espantosa, como nunca vi em anos de advocacia, houve uma decisão para cassar a liminar", explicou o advogado.A Confederação Brasileira de Futebol também defende que a Portuguesa agora está passível de punição e será julgada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva com relação ao abandono da partida. José Luiz Ferreira de Almeida, no entanto, não mostrou temor algum com relação a punições nos próximos dias, já que o time rubro-verde tinha o respaldo de uma liminar e só entrou em campo por respeito aos envolvidos com a partida.

"A Portuguesa não teme penalidade alguma, porque é incabível. Ela (Portuguesa) se retirou respaldada em uma ordem judicial, só entrou em campo depois de mandar um oficio à CBF na quinta, para que a CBF se manifestasse, pedimos, inclusive, o adiamento da partida. A CBF se calou, não tomou atitude, mas ainda assim entramos em respeito ao futebol brasileiro, às torcidas, ao pessoal de Joinville e todos aqueles que têm respeito ao futebol", ressaltou o vice-jurídico da Lusa.

A tranquilidade de José Luiz Ferreira de Almeida também se equivale quando o advogado é questionado sobre punições ainda mais sérias por causa do ingresso na Justiça comum. O representante da Portuguesa cita outros casos que marcaram a história do futebol brasileiro, como a ação do Gama, em 1999, depois de ser rebaixado à segunda divisão do Campeonato Brasileiro, processo que gerou a criação da Copa João Havelange no ano seguinte.

"Essa possibilidade não existe, é um absurdo. Então outros clubes deveriam cair, deveriam desaparecer por entrar na Justiça Comum, como Gama, Botafogo, Icasa e Betim-MG. Esses times serão cassados? Vão deixar de existir?", questionou o advogado, apesar das ameaças recebidas. Nesta segunda-feira, por exemplo, o procurador-geral do STJD, Paulo Schmidt, afirmou que deve pedir até mesmo a exclusão do clube da Série B do Campeonato Brasileiro.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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