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Maduro, Felipe quer retomada e jura glórias ao clube que lhe deu chance

25 mai 2015 - 13h11
(atualizado em 26/5/2015 às 13h20)
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Recomeço. A palavra de ordem é a mesma tanto para a Portuguesa, quanto para o goleiro Felipe, atual camisa 1 rubro-verde. Aos 27 anos, o ex-santista busca retomar sua carreira no futebol depois de oito meses afastados dos gramados. Titular do Santos em 2010, ano em que conquistou o Campeonato Paulista ao lado de Neymar e cia, o arqueiro garante que as lesões e a polêmica frase "seu salário é o que eu gasto com a ração do meu cachorro" fazem parte do passado de um jogador agora muito mais maduro.

"(Em 2010) Eu fiquei triste, a repercussão foi enorme por uma coisa que talvez eu tenha feito sem saber. Não era eu que estava falando, apenas imitei o que estavam falando. A imprensa toma atitude sem pensar, não pensa que por trás do jogador tem esposa, tem filho, tem parente, tem pessoas que dependem dele. A imprensa só colocou como se eu tivesse feito algo propositalmente, eu nem sabia que aquilo ali tinha áudio. Enfim, passou e agora é vida nova, espero retomar minha carreira", relembra emocionado.

À época, Felipe foi chamado de "mão de alface" por um torcedor durante uma transmissão de webcam dos jogadores do Santos e respondeu. "Não consegui administrar o que aconteceu. Eu vim de um lugar humilde e frequento lugares assim, minha família também, eles foram criados em uma favela. O que me chateou naquela ocasião foi eu ter passado por uma coisa que eu não sou. Porque eu sou bem praieiro, ando descalço, gosto das coisas simples, não tenho frescura. Foi muito difícil de administrar e logo em seguida veio a contusão no joelho. Perdi espaço e, quando voltei depois de um ano parado, tive que buscar outro clube", explica.

Do passado, Felipe tenta se lembrar apenas das coisas boas, como o time "diferenciado" no qual jogou em 2010. "Tinha união, tinha molecada, tinha os jogadores mais experientes sem separação. Era um grupo só. Os experientes aceitavam o modo e as maneiras dos mais jovens e vice-versa, era um conjunto muito forte. O Dorival Jr ajudou muito para que aquele time ficasse especial". Sem deixar de mencionar o melhor ano de sua carreira. "Particularmente, o ano de 2006 foi um ano muito bom para a minha carreira, fui lançado com 18 anos e tive uma sequencia muito boa de jogos", completa.

Passada a maré ruim, ele não se esquece de quem foram os primeiros a abrirem novamente as portas no futebol. O ex-técnico da Seleção Brasileira sub-20, Alexandre Gallo, foi quem o ajudou. "Antes dele, o Oscar (preparador de goleiros do Santos à época) foi muito sincero comigo e eu gosto disso. Ele falou que eu tinha que jogar novamente, ele que me deu um caminho para seguir, ele mesmo falou que no Santos eu não teria espaço. E o Gallo abriu as portas para mim no Avaí. Foi meu primeiro treinador no profissional do Santos e depois abriu as portas para eu jogar novamente, então eu sou muito grato a ele", lembra.

Caminhar no mesmo compasso que a Portuguesa é a meta para a temporada. Emocionado e confiante Felipe, afirma que a reciprocidade que encontrou no clube paulista tem sido essencial na luta pelo sucesso na Série C do Campeonato Brasileiro. Para o arqueiro, é como se ambos estivessem prontos para ressurgirem juntos. O elenco em reformulação da Lusa dá ainda mais motivos para confiar em uma retomada em 2015.

"Eu quero que o torcedor e todas as pessoas que estão envolvidas com a Portuguesa saibam que o meu pensamento é em retomar minha carreira e recolocar a Lusa onde ela merece estar, então eu quero ajudar a Portuguesa e a Portuguesa vai me ajudar. A palavra é recomeço, tanto para mim, quanto para o clube. Recomeço das glórias, dos títulos, do clube, dos funcionários, que hoje estão tristes, vou dar alegrias ao clube, à minha família também, que vivenciaram o meu sofrimento, o quanto atiraram pedra em mim sem motivo, até porque como eu falei eu não matei ninguém, mas me massacraram, me ofenderam. Nunca tinha acontecido isso comigo de ficar sem clube, momento difícil, complicado até na minha vida pessoal. Temos que nos superar a cada dia. Agora é a hora do recomeço", garante.

Especial para a GE.Net

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