Para MP, Portuguesa é "vítima" e cartolas são suspeitos
Depois do polêmico rebaixamento da Portuguesa à Série B do Campeonato Brasileiro em 2013 ganhar novos capítulos na noite desta terça-feira, o Ministério Público de São paulo se pronunciou, nesta quarta, e inocentou qualquer culpa do clube, deixando as suspeitas exclusivamente voltadas aos dirigentes da equipe paulista.
"A Promotoria de Justiça do Consumidor esclarece que o inquérito civil instaurado em janeiro de 2014 não tem a Portuguesa como investigada. Identificamos possível responsabilidade dos dirigentes do time pelos prejuízos causados aos torcedores, o que está sendo objeto de apuração. O clube figura como uma das vítimas, não havendo até o momento elementos que permitam a conclusão do caso", disse o promotor Roberto Senise Lisboa, em comunicado à imprensa.
De acordo com notícia publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, o inquérito civil do MP concluiu que pelo menos seis pessoas na Portuguesa abriram e-mail enviado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por meio da Federação Paulista de Futebol (FPF) em que a punição do meio-campista Héverton era informada.
Ainda foram descobertas conversas telefônicas entre clube e advogado sobre o resultado de julgamento que tiraria Héverton de duas partidas. Entretanto, uma pasta que informava ao técnico Guto Ferreira sobre os atletas suspensos não constava o nome do meio-campista.
Ainda de acordo com a notícia, a investigação do MP pretende determinar agora quem foi o responsável por pagar pela escalação irregular de Héverton e pelo subsequente rebaixamento da Portuguesa. Os valores envolvidos iriam de R$ 4 milhões a R$ 20 milhões.