Portuguesa confirma a permanência de Jorginho após rebaixamento
17 abr2012 - 13h28
(atualizado às 14h18)
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A Portuguesa anunciou nesta terça-feira, por meio do site oficial, que o técnico Jorginho continua no comando da equipe. A demissão do treinador havia sido especulada depois da queda para a Série A2 do Campeonato Paulista, no último domingo, com a derrota para o Mirassol por 4 a 2.
Jorginho chegou à Portuguesa em 2011, e levou a equipe do Canindé ao título da Série B do Campeonato Brasileiro. Em 2012, no entanto, a equipe não conseguiu repetir as boas atuações da temporada passada. O time lusitano estreia na Série A do Nacional contra o Palmeiras, no dia 19 de maio.
Pela Copa do Brasil, a Portuguesa já está classificada para as oitavas de final. A equipe ainda espera pela definição do próximo adversário, que sairá do confronto entre Remo e Bahia.
Confira abaixo o comunicado divulgado pela Portuguesa na íntegra:
O Presidente da Portuguesa, Dr. Manuel da Lupa definiu, nesta terça-feira, a permanência do técnico Jorginho à frente do comando da equipe rubro-verde.
Junto a Jorginho permanecem o auxiliar técnico Anderson Lima, o preparador físico Omar Feitosa e o treinador de goleiros Alex Gregório.
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Após conquistar o título da Série B do Campeonato Brasileiro e ser apelidada de "Barcelusa" pelo estilo de jogo fluido e de muitos gols, a Portuguesa foi a grande surpresa do Campeonato Paulista de 2012. Mas de forma negativa: em vez de incomodar os grandes e brigar pelas primeiras posições, terminou na 17ª colocação e amargou o rebaixamento para a Série A2. Confira os "sete erros" que levaram a equipe do Canindé à segunda queda no Estadual em apenas seis anos
Foto: Fernando Borges / Terra
1. Pressão acima do normalA campanha espetacular na Série B de 2011 causou indiretamente um "problema" para a Portuguesa: a pressão fora do normal por ótimos resultados e um bom futebol no ano seguinte, a começar pelo Campeonato Paulista. Nas previsões para o Estadual, a expectativa era de uma ótima participação, ameaçando tirar um dos quatro grandes das semifinais. Quando os primeiros resultados não apareceram, o time não conseguiu mais se recuperar psicologicamente
Foto: Fernando Borges / Terra
2. Saída dos "pilares"Apesar de a equipe ter mantido parte da base da Série B, a saída de dois atletas bastou para desmantelar o estilo de jogo montado por Jorginho. Marco Antônio, que foi para o Grêmio, era o homem que qualificava a saída de bola e municiava os atacantes pelas pontas; e Edno, negociado com o Tigres (MEX), era o centroavante móvel, que saía da área para tabelar e abria espaços. Sem reforços com as mesmas características, o time teve que se reinventar
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
3. Contratações fracassadasFalando em reforços, a diretoria errou nas contratações. Vieram apostas que não renderam (Wilson Júnior, Rafael Oliveira e Maylson) e jogadores longe do melhor momento físico (Gustavo, Michael e Diego Souza). No ataque, os mais experientes Rodriguinho e Vandinho não agradaram a Jorginho. E os contratados para as "vagas" de Marco Antônio e Edno foram Léo Silva e Ricardo Jesus, com características totalmente diferentes de seus predecessores
Foto: Fernando Borges / Terra
4. Falta de sequênciaCom a equipe em reformulação e Jorginho testando os reforços no time titular, foi muito difícil que a Portuguesa repetisse uma escalação. A cada partida, ficava mais nítida a falta de padrão de jogo - enquanto o time da Série B sabia aproveitar as qualidades de cada jogador, o de 2012 pecava pelo desentrosamento. Jorginho tentou mexer para melhorar os resultados, mas as constantes alterações impediram um entendimento maior entre os atletas
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
5. Jovens rendendo abaixo de 2011Com as contratações jogando mal e o time mudando a cada jogo, cabia aos jovens que se destacaram na Série B liderar a equipe. Porém, nenhum rendeu o mesmo de 2011. O volante Guilherme, 21 anos, foi a revelação da Série B com técnica, movimentação e chutes de longe; no Paulista, foi tímido, alternando boas e más partidas. Na frente, Henrique, 21 anos, e Ananias, 23, também foram irregulares e não compensaram sozinhos a falta de coesão
Foto: Edson Lopes Jr. / Terra
6. Retrancas dos adversáriosOutro reflexo da campanha da Série B que atrapalhou a Portuguesa foi o modo como os adversários passaram a encarar os jogos: vendo o time de Jorginho como um "grande", as equipes do interior se fechavam na defesa e ficavam à espera de um erro para golpear. Funcionou muito bem: sem criatividade no meio de campo e longe de recriar o futebol envolvente, de movimentação constante, o clube sucumbiu aos rivais e somou só quatro vitórias em 19 jogos
Foto: Fernando Borges / Terra
7. Percepção tardia do perigoA Portuguesa demorou a se voltar 100% à briga contra o rebaixamento. Com mais de metade do Estadual decorrido e o time longe do G-8, o foco ainda era chegar às quartas de final. Já nas últimas rodadas, o goleiro Weverton foi afastado porque vivia indefinição para renovar o contrato, quando a equipe corria risco de cair. Rodrigo Calaça falhou nas partidas seguintes, e Weverton já estava de volta no jogo que sacramentou a queda