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Portuguesa quer recuperação com ajuda de padarias e Portugal

17 mai 2015 - 12h36
(atualizado às 12h49)
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Das 6 mil padarias da cidade de São Paulo, 4 mil são administradas por portugueses ou seus descendentes. Não estaria aí uma ótima oportunidade para a Portuguesa  obter renda e sair da profunda crise que mergulha desde que foi rebaixada para a Série B do Campeonato Brasileiro em 2013? Na opinião da nova diretoria do clube sim. O presidente Jorge Manuel Gonçalves e o consultor Luis Paulo Rosemberg estiveram nos estúdios do Terra e contaram os planos para salvar a equipe rubro-verde.

Foto: Leandro Martins / Futura Press

“Se espelhando nos espelhos das padarias, que com a chegada de supermercados e outras empresas que vendem pão pareciam que iam perde relevância, e elas se redescobriram, se modernizaram. Hoje são grandes comércios. A gente quer ter a mesmo discernimento de falar: ‘a Portuguesa, do jeito que ela está, parece que não tem futuro, mas com a mesma empolgação, inteligência, usada por eles a gente quer fazer na Portuguesa’”, afirmou o novo presidente do clube rubro-verde.

“Se a gente conseguir montar uma equação econômica que sem eu pedir para o dono da padaria fazer nenhum sacrifício, a Portuguesa não vai viver de doação, mas tentar casar os interesses da padaria com fornecedores de uma forma inteligente, em que a Portuguesa desempenhe um papel de motivador da utilização dos seus patrocinadores nas padarias, pode ser uma solução extremamente oportuna e com um retorno bem agradável”, analisou Rosemberg.

Jorge Manuel e Luis Paulo Rosenberg comentam planos da Lusa:

A ideia não é apenas usar o dinheiro desses empresários, mas sim aproveitar a relação que o clube sempre teve com as padarias para usá-las como rede de distribuição. Assim como fez no Corinthians, onde lançou as camisas “Nunca vou te abandonar” Rosemberg planeja lançar as “Somos todos Lusa”, que serão vendidas nas padarias e visam não só os torcedores rubro-verdes, mas também os das outras agremiações.

“Seria uma forma do paulista como todo mostrar: ‘olha, estou muito descontente com a espoliação que sofreu a Lusa’. Eu acho esse time uma simpatia, ele é realmente a segunda escolha de todo paulista“, explicou o ex-corintiano.

Lusa: Rosenberg mira Libertadores após plano de recuperação:

Mas não é apenas  disso que a Portuguesa pretende viver para voltar aos bons momentos do passado. O clube também quer se tornar um ponto de convergência da colônia portuguesa na cidade de São Paulo, e fazer ponte com a antiga pátria de muitos dos torcedores. A ideia da diretoria é fazer parcerias com grandes equipes portuguesas, trazendo reforços para o elenco.

“Estamos tratando disso, procuramos a parceria com clubes portugueses e estamos sendo muito bem recebidos. É impressionante o carinho com que a Portuguesa é tratada. A gente imagina um modelo de intercâmbio. A gente manda um jovem para ganhar a maturidade e exposição em Portugal e traz um jogador mais amadurecido para desfrutar das delícias deste País e ajudar a gente a reforçar a marca”, contou Rosemberg.

Lusa: presidente promete transparência em caso Heverton:

Mas no final, qual é a real situação financeira da Portuguesa? As dívidas legais são pequenas comparadas aos grandes clubes brasileiros, mas o problema é a falta de arrecadação por parte da Portuguesa, por isso as soluções pouco ortodoxas  por parte da diretoria do clube.

“(A dívida é de) Em torno de R$ 80 milhões de dívida tributaria federal, em torno de R$ 16 milhões de dívida tributaria na prefeitura, tem acho R$ 700 mil de divida com o Estado de São Paulo, dividas trabalhistas algo em torno de R$ 20 milhões. A questão é que quase todas semanas tem novas demandas e temos que ir consolidando essas informações, mas algo em torno de R$ 120 milhões. Mas boa parte a gente pode discutir a parte de refinanciamento, não é um futuro sombrio”, contou Jorge Manuel ao Terra.

“Tem um problema grande de falta de recursos, de falta de faturamento. Quando você cai da A para a b e da B para a C, você tem uma perda da A para a B de 90% da renda de televisão, e da B para a C você não tem nada. A gente tem uma ajuda de custo para transportes, mas da televisão a gente não tem”, lamentou o novo presidente da Portuguesa. 

Fonte: EFuroni Conteúdo Editorial
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