Lusa tem recurso negado, e terreno do Canindé será penhorado
A polêmica sobre o terreno do Canindé ganhou mais um capítulo, nesta sexta-feira. A 6ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) manteve a decisão da 59ª Vara Trabalhista de São Paulo, que, por meio do juiz Maurício Marchetti, determinou a penhora do terreno localizado dentro do Complexo do Canindé.
A Portuguesa alegou excesso na penhora e erros no laudo da perícia, que constatou a localização, a dimensão e o valor de um terreno de 42 mil m², pedindo, por isso, que a decisão fosse anulada. O bem foi avaliado pela Justiça por R$ 123,5 milhões, mas o clube afirma que o terreno vale, no mínimo, dez vezes mais. Porém, não teve sua solicitação atendida e recorreu à segunda instância, em que também foi derrotada.
A penhora tem como objetivo pagar dívidas trabalhistas do clube, que ultrapassam os R$ 47 milhões de reais. O valor pode aumentar ainda mais caso os 141 processos que estão em tramitação sejam contabilizados. Apesar de não envolver o Estádio do Canindé, a medida impede sua venda fora da Justiça do Trabalho.
Em abril deste ano, o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região integrou em apenas uma ação os oito processos da Portuguesa. Assim, eles agora constam em documento de autoria do ex-jogador Tiago de Moraes Barcellos. A ação do meia é de 2002 e, embora o atleta e a Portuguesa tenham chegado a um acordo em 2008, apenas metade da dívida foi paga. O próximo passo é a determinação da data e da forma para a venda do terreno.