PUBLICIDADE
Logo do Portuguesa

Portuguesa

Favoritar Time

Portuguesa sonha com ajuda de rivais e Libertadores em 2020

29 abr 2015 - 08h27
(atualizado às 12h49)
Compartilhar
Exibir comentários

"O segundo time de todo paulistano". Essa alcunha muitas vezes irritou o torcedor da Portuguesa, mas agora pode ser a arma para tirar o clube da pior crise de sua história. A idéia é de Luis Paulo Rosenberg, novo consultor da recém-empossada diretoria rubro-verde. Com o trabalho que tirou o Corinthians da Série B para o título mundial no currículo, Rosenberg quer levar os rivais para o Canindé, e sonha em ver o time na Libertadores no seu centenário, em 2020.

"As diretorias dos quatro grandes perguntaram como poderiam ajudar. Isso é importante para o futebol paulista e brasileiro. Se provarmos que a Portuguesa uniu adversários, é um serviço imenso e inédito no futebol", afirmou Rosenberg, que deu uma entrevista antes da partida contra o Ituano na Copa do Brasil - a Lusa foi eliminada com derrota por 2 a 1.

Rosenberg quer Portuguesa na Série A e Libertadores em 2020:

O projeto é motivar os torcedores dos outros clubes a assumir a Portuguesa como segundo time, tanto para assistirem a partidas no Canindé quanto comprarem produtos da agremiação. "Podem falar que eu sou louco, mas disseram que eu era louco em tentar trazer o Ronaldo para o Corinthians, e ele veio", desafiou o consultor. "Tem muito pouco que eu possa fazer sozinho, há muito que os cinco (times de São Paulo) podem fazer juntos. Se essa manifestação (de união) se tornar uma ação, será algo inédito".

A situação da equipe rubro-verde é crítica. Rebaixada para a Série A2 do Paulista e na Série C do Brasileiro, o clube não conta com dinheiro da televisão. Isso, junto a uma dívida estimada em R$ 100 milhões, prejudica os planos de recuperação da Portuguesa. Por isso, Rosenberg quer no início se aliar aos empresários torcedores para conseguir tirar a equipe da terceira divisão. A ideia é apostar na paixão antes do ganho financeiro, mas nada de pedir dinheiro de graça.

Veja os gols de Portuguesa 1 x 2 Ituano pela Copa do Brasil:

"Vou dar contrapartidas. Uma empresa que der clientes, podemos oferecer palestras, por exemplo. Quando estava no Corinthians, falava que o clube não aceitava doação. Aqui, estou numa fase pré-capitalista, não tenho cota. Então, eu preciso que a torcida se mobilize", disse Rosenberg.

Mas como unir o plano de trazer os rivais com o de apostar na paixão do torcedor? O consultor admite que pode ser complicado tocar no tema da "Lusa segundo time", que sempre incomodou os frequentadores do Canindé, mas pede compreensão no momento difícil.

"Eu tenho dois problemas. O primeiro é convencer o bando de loucos (corintianos) que venha conhecer aqui, que é bom. O outro é de convencer o torcedor do Canindé que é bom virem são-paulinos, palmeirenses. Espero que essa situação emita algo fraterno no torcedor. Nesses momentos de dor, é possível despertar os melhores sentimentos. Aí sim, para trazer essa fraternidade (entre torcidas), precisamos dar esse empurrão", explicou Rosenberg.

Rosenberg é inicialmente contra a ideia de vender o Canindé
Rosenberg é inicialmente contra a ideia de vender o Canindé
Foto: Djalma Vassão / Gazeta Press

Apesar do desejo de união, o objetivo em nenhum momento é apequenar a Portuguesa. Tanto que o consultor tem grandes ambições para a próxima meia década. O projeto é arrumar a casa em 2015, principalmente sair da Série C, para depois voltar à elite nacional, e quem sabe disputar a Libertadores em 2020, ano do centenário do clube.

"Com a galvanização da nossa torcida, vamos para a Série B. Da B para a A é científico, é geração de recursos e aplicar bem. Há uma receita para ficar entre os quatro primeiros da Série B. Da Série A para a Libertadores é um salto qualitativo. Imagino dois anos para se fixar, aí lutar entre o quinto e sexto. A meta é chegar na Libertadores em 2020, ano do centenário", disse.

Uma solução vista por muitos para acelerar esse processo seria a venda do Estádio do Canindé. Rosenberg prefere deixar o tema para a diretoria, mas em sua visão pessoal, é possível fazer mais renda mantendo o estádio. "Além de campo de futebol, aqui dá para ser usado como espaço verticalizador, como um shopping, por exemplo. Derrubar e fazer um novo? Um novo, moderno e pequeno não sai por menos de R$ 200 milhões, custo de R$ 25 milhões por ano. Acho que jamais faria".

Fonte: EFuroni Conteúdo Editorial
Compartilhar
Publicidade
Publicidade