Presidente da Geórgia celebra espírito olímpico em novo luto
A morte de Nodar Kumaritashvili em um treino para os Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver chocou a população e especialmente os atletas da Geórgia, mas estes se negaram a abandonar a competição. Segundo o presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, a decisão comprova o espírito olímpico do país, que ficou de luto em uma Olimpíada pela segunda vez seguida.
Nos Jogos de Verão de Pequim, disputados em agosto de 2008, os competidores da Geórgia também tiveram de tomar uma difícil decisão, já que no mesmo período eclodiu na Ossétia do Sul uma guerra entre o país e a Rússia que deixou mais de 2 mil civis mortos. Ao final, os atletas decidiram permanecer na China, mesmo de luto, cenário semelhante ao atual.
Saakashvili, que na madrugada de sexta-feira para sábado participou em Vancouver de uma reunião com os sete esportistas de inverno georgianos, classificou a opção deles como corajosa e exemplar no tema espírito olímpico, tão recorrente no mundo a cada biênio.
Em entrevista à agência americana AP, o mandatário agradeceu ainda aos representantes de sua nação por terem participado até da cerimônia de abertura, em que foram bastante aplaudidos pelo público, apenas três horas depois da morte de Kumaritashvili.
Entenda o caso
O georgiano Nodar Kumaritashvili, 21 anos, morreu nesta sexta-feira após sofrer um grave acidente no treinamento do luge, no Whistler Sliding Center. O atleta estava em uma velocidade de 144 km/h quando perdeu o controle de seu trenó, bateu contra a parede de gelo e, depois, contra uma haste na pista.
A equipe médica dos Jogos de Vancouver tentou realizar procedimentos de reanimação, como massagem cardíaca e respiração boca a boca, antes de chamar um helicóptero para transferir Kumaritashvili ao hospital. O atleta, que havia iniciado a carreira profissional há dois anos, teve a morte anunciada horas depois pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
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