Processo por doping faz organização tirar Armstrong de Ironman na França
14 jun2012 - 10h42
(atualizado às 11h43)
Compartilhar
Sete vezes campeão da Volta da França, o americano Lance Armstrong não poderá participar do Ironman de Nice, marcado para o dia 24 deste mês, por causa do processo de doping que abriram contra ele nos Estados Unidos, anunciou nesta quinta-feira a organização da prova de triatlo francesa.
"O regulamento da World Triathlon Corporation, que administra a competição, aponta que um atleta não pode participar se houver um processo aberto contra ele", afirmou o responsável pela comunicação da prova, Delphine Vivet.
A agência antidoping dos Estados Unidos apresentou acusações formais por doping contra o ex-ciclista, que poderia até mesmo retirar alguns troféus de seu currículo. São 15 páginas de processo, incluindo acusações por uso do hormônio EPO, testosterona, corticóides e até transfusões de sangue, entre 1998 e 2011.
Através de comunicado, Armstrong negou as acusações, afirmando que nunca se dopou e que nunca teve um exame apontando positivo para doping. No entanto, o jornal francês L'Équipe, lembrou na edição de hoje que havia denunciado em 2005 a descoberta de seis amostras de sangue do heptacampeão com traços de EPO.
Nesta quinta-feira, a Agência Mundial Antidoping (Wada) divulgou em comunicado que o procedimento aberto contra o ex-ciclista pela agência americana está de acordo com o código mundial das entidades de controle antidopagem.
A Wada afirmou que não se envolverá com o caso de Armstrong, mas que se manterá informada, supervisionando o desenrolar do processo, esperando o julgamento e o veredicto das autoridades competentes.
O americano atualmente está no sul da França, onde alugou uma casa para se preparar para a prova em Nice. No Ironman do dia 24, ele nadaria 3,8 quilômetros no Mediterâneo, depois peladaria outros 180 e fecharia com 42 quilômetros de corrida.
Os britânicos estão insatisfeito com o uniforme olímpico moderno, querem impedir atletas com histórico de doping de competir e exigem padrão de qualidade para que seus representantes não decepcionem em casa; Entenda a postura rígida do Reino Unido para os Jogos Olímpicos de Londres
Foto: Getty Images
Padrão de qualidadeApesar de ser agraciado com o direito de colocar representantes em todas as modalidades olímpicas por ser país-sede, o Reino Unido exige de seus atletas padrões mínimos de qualidade para confirmar o uso das vagas. A equipe de ginástica rítmica não alcançou a meta e quase ficou fora do evento
Foto: Getty Images
Padrão de qualidadeO objetivo do Comitê Organizador comandado por Sebastian Coe, em parceria com o Comitê Olímpico Britânico, é assegurar representatividade para que haja um legado em todos os esportes
Foto: Getty Images
Padrão de qualidadeA equipe feminina de ginástica rítmica ficou a apenas 0.273 da meta exigida no evento-teste para a Olimpíada e foi excluída do evento. As atletas precisaram recorrer ao Sports Resolution UK, tribunal independente criado para resolver disputas na área esportiva
Foto: Getty Images
Doping Para o Comitê Olímpico Britânico (BOA), trata-se de uma questão de honra não contar com atletas que tenham caso de doping no histórico. Um atleta tenta romper essa tradição: Dwain Chambers
Foto: Getty Images
Doping Atletas com condenação por uso de substâncias ilegais são impedidos de disputar Olimpíada pelo Comitê Olímpico Britânico, independentemente da punição já ter sido cumprida. Para a Agência Mundial Antidoping (Wada), a medida configura um castigo extra e seria ilegal
Foto: Getty Images
Doping Chambers foi pego por doping em 2003, admitiu o erro, ajudou nas investigações e cumpriu os dois anos de suspensão do esporte. Agora, tenta obter a liberação com a ajuda da Agência Mundial Antidoping
Foto: Getty Images
Wild cardExcluído do revezamento da Tocha Olímpica pelo território britânico, o ex-esquiador Eddie Edwards expôs uma opinião do presidente do Comitê Organizador Local dos Jogos de Londres, o ex-atleta Sebastian Coe: a contrariedade ao wild card
Foto: Getty Images
Wild Card O Wild Card é um passe que permite que atletas possam disputar o evento mesmo sem ter cumprido os critérios de classificação pré-estabelecido. Seu uso mais comum é para incentivar o desenvolvimento do esporte em nações carentes. Coe seria contrário por acreditar que apenas os melhores merecem vaga
Foto: Getty Images
Wild CardO presidente do Comitê Olímpico Internacional, Jacques Rogge, também já se manifestou neste sentido, defendendo o fim do sistema de distribuição de vagas
Foto: Getty Images
Britânicos de Plástico "Britânicos de plástico" foi a denominação usada para se referir a atletas não nascidos na Grã-Bretanha, mas que representarão o país nos Jogos Olímpicos de Londres. As críticas vêm principalmente pela conveniência encontrada pelos estrangeiros no time britânico e pela falta de patriotismo dos mesmos
Foto: Getty Images
Britânicos de plástico O maior exemplo disso vem da velocista Tiffany Porter, que nasceu nos Estados Unidos, é filha de pai nigeriano e mãe britânica, e foi a capitã do time de atletismo da Grã-Bretanha no Mundial Indoor de Istambul, em março. Um jornalista pediu à atleta para cantar o hino ingles God Save the Queen durante uma entrevista, e ela não soube recitar sequer os primeiros versos
Foto: Getty Images
Uniforme "moderno" Desenhado por Stella McCartney, filha do ex-Beatle Paul McCartney, o uniforme britânico para os Jogos Olímpicos tem traços modernistas que desconstroem a bandeira do Reino Unido, espalhando formas geométricas pelo tecido. No entanto, não agradou entre os britânicos
Foto: Getty Images
Uniforme "moderno" Os jornais fizeram muitas críticas ao modelo principalmente por não apresentar a bandeira britânica de forma clara. A falta do vermelho também incomodou muito, gerando um temor de que pudesse causar protestos por parte dos atletas galeses
Foto: Getty Images
Uniforme "moderno" O jornal The Guardian até resgatou um estudo indicando que atletas em vermelho se destacam mais em competições