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Prodígio, Vettel supera Senna como tri mais jovem da Fórmula 1

25 nov 2012 - 16h52
(atualizado às 20h22)
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25 anos, quatro meses e 23 dias. 1.325 semanas. 9.278 dias. 222.672 horas. Neste período, o alemão Sebastian Vettel tornou-se o mais jovem tricampeão da história da Fórmula 1, posto que pertencia ao brasileiro Ayrton Senna. Com o sexto lugar no Grande Prêmio do Brasil, disputado neste domingo, o jovem da Red Bull garante a taça e se credencia a romper novas marcas no futuro.

Em 1991, Senna alcançou o tricampeonato com 31 anos e sete meses. Ser o mais jovem tri da história da Fórmula 1 implica ainda em superar lendas como o alemão Michael Schumacher, o argentino Juan Manuel Fangio e o francês Alain Prost, entre outros. Dono de sete títulos na categoria, um recorde, Schumacher conquistou seu terceiro Mundial na temporada de 2000, pela Ferrari, quando já tinha 31 anos.

Na história da principal categoria do automobilismo, disputada de maneira ininterrupta desde 1950, 32 pilotos já foram campeões. Com o terceiro título consecutivo, Sebastian Vettel repete duas lendas. Michael Schumacher, hegemônico em 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004, e Juan Manuel Fangio, que reinou em 1954, 1955, 1956 e 1957, também fizeram um triplete, mas eram mais velhos quando alcançaram o feito.

O título conquistado em Interlagos mantém a sina de quebrar recordes do alemão, iniciada logo em sua estreia na Fórmula 1. Como substituto do polonês Robert Kubica, que se recuperava de um acidente, Vettel estreou no Grande Prêmio dos Estados Unidos-2007, em Indianápolis. Ao chegar em oitavo, o então piloto da BMW-Sauber tornou-se o mais jovem a pontuar na categoria, com 19 anos.

A ascensão de Vettel está intimamente ligada ao trabalho de Adrian Newey. Criador de carros campeões anteriormente na Williams e na McLaren, o projetista de 53 anos é apontado como grande responsável pela superioridade técnica da Red Bull. Em 2012, o maior desafio do gênio foi manter a vantagem em relação aos outros carros mesmo com a proibição dos escapamentos aerodinâmicos e a restrição das asas móveis flexíveis.

Ironicamente, Sebastian Vettel escreve seu nome na história da Fórmula 1 de forma indelével justamente no momento em que Michael Schumacher se despede. Dono do recorde de sete títulos na categoria, ele foi responsável por embalar gerações de pilotos na Alemanha, inclusive o atual astro da Red Bull, visto por alguns como capaz de romper algumas das marcas do veterano, em final de carreira melancólico pela Mercedes.Apontado como principal candidato ao título no começo da temporada, Vettel encarou uma série de resultados abaixo do esperado nas etapas iniciais. Com a fase decepcionante da Red Bull, o espanhol Fernando Alonso conseguiu tomar a liderança e entrou definitivamente na disputa pelo título, que também seria o seu terceiro, a despeito da falta de competitividade do carro da Ferrari.

Em seu retorno à Fórmula 1, o finlandês Kimi Raikkonen (Lotus) chegou a ter possibilidades de título, mas deixou a briga no Grande Prêmio de Abu Dhabi, justamente quando voltou a vencer na categoria. Desta forma, a disputa ficou restrita a Sebastian Vettel e Fernando Alonso, que outrora também foi apontado como prodígio e também lutava pelo status de mais jovem tricampeão da categoria.

Vettel iniciou sua arrancada rumo ao tricampeonato no Grande Prêmio de Cingapura, duas semanas depois de abandonar a etapa da Itália. O piloto alemão triunfou no Circuito de Marina Bay e repetiu o feito, de forma consecutiva, no Japão, na Coreia do Sul e na Índia. Desta forma, amealhou 90 pontos decisivos para partir rumo ao título.

Após o sexto lugar no Grande Prêmio do Brasil, ele assegura o tricampeonato com 281 pontos ganhos, três a mais que Alonso. No total, o mais jovem tricampeão da história da Fórmula 1, com potencial para bater outros recordes dentro da categoria, acumula 46 pódios, 1054 pontos, 26 vitórias e 36 poles em 101 provas disputadas de 2007 a 2012.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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