PUBLICIDADE

‘Quem precisa de Falcao e Ribery?’, dizem azarões nas quartas de final

3 jul 2014 - 21h11
Compartilhar

Todos os quatro times menos cotados nas quartas de final da Copa do Mundo conseguiram uma vaga entre os oito melhores do torneio mesmo sendo desfalcados de jogadores-chave antes do torneio por causa de lesões, o que forçou seus técnicos a convocarem substitutos de última hora e a ajustar seus planos.

James Rodríguez, da seleção da Colômbia, durante treino em Fortaleza. 03/07/2014.
James Rodríguez, da seleção da Colômbia, durante treino em Fortaleza. 03/07/2014.
Foto: Jorge Silva / Reuters

A Colômbia perdeu o artilheiro Radamel Falcao devido a uma lesão no joelho durante os preparativos para o Mundial, enquanto a França chegou ao Brasil sem o meia Franck Ribéry, cortado pouco antes do início do torneio por causa de dores nas costas.

O poderoso atacante belga Christian Benteke foi afastado em abril com uma ruptura no tendão de Aquiles e o principal atacante da Costa Rica, Álvaro Saborío, quebrou o pé em maio.

Ainda assim, todos os quatro times superaram os cortes para alcançar as quartas de final da competição, em que todos vão enfrentar adversários mais ilustres.

O técnico da Colômbia, José Pékerman, previu no ano passado que Falcao seria “o melhor jogador da Copa do Mundo”, mas os colombianos mal notaram a ausência do atacante.

O meia James Rodríguez tem se provado um marcador melhor do que encomenda, colocando cinco bolas na rede e se tornando artilheiro da competição na trajetória da Colômbia até a partida contra o Brasil pelas quartas de final.

A falta de Ribéry forçou o técnico da França, Didier Deschamps, a ajustar sua escalação inicial, deslocando Karim Benzema para uma posição mais à esquerda, espaço que costumava ser preenchido por Ribéry.

Isso não impediu que Benzema marcasse três gols e ainda prestasse assistência para outros dois, ajudando a levar os franceses à quarta de final contra a Alemanha, na sexta-feira.

Alguns relatos deram conta que Benzema estaria pouco satisfeito com seu posicionamento mais aberto, mas ao ser perguntado em uma coletiva de imprensa, Deschamps riu. “Benzema insatisfeito?”, disse ele. “Isso é somente impressão de vocês.”

SUBSTITUTOS DE ÚLTIMA HORA

Quando o ainda adolescente Divock Origi marcou o gol da vitória da Bélgica sobre a Rússia na fase de grupos, o técnico Marc Wilmots o elogiou, mas lembrou aos jornalistas que “se Benteke estiver em forma, Divock não estará no time”.

Origi foi escalado para substituir de última hora um Benteke lesionado e tem aproveitado a oportunidade, ajudando a Bélgica a alcançar o duelo contra a Argentina pelas quartas de final, no sábado.

“Ninguém conhecia ele quando o escalei, mas é possível perceber suas qualidades”, disse Wilmots.

“Ele tem técnica e é rápido. Quando a defesa adversária se cansa, você pode contar com ele”, acrescentou o treinador.

O principal desfalque da Costa Rica foi Saborío, artilheiro da equipe nas eliminatórias, com oito gols. Quando ele quebrou o pé às vésperas do Mundial, o técnico Jorge Luis Pinto ficou desconsolado.

“Ele é um cara extraordinário”, disse Pinto em uma coletiva de imprensa em San José antes de viajar ao Brasil. “Vamos ter que ver se conseguimos substituí-lo, mas não vai ser fácil.”

Mesmo assim, a Costa Rica derrotou o Uruguai e a Itália rumo ao confronto com a Holanda pelas quartas de final, com o atacante Joel Campbell impressionando ao ajudar a preencher o vazio deixado por Saborío.

Colômbia, França, Bélgica e Costa Rica entram em suas respectivas partidas como azarões e podem não alcançar as semifinais, mas mesmo se perderem, algo ficou claro –não vai ser por causa da ausência de seus jogadores lesionados, todos substituídos à altura.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade